222 aves estão a um passo da extinção



“Criticamente em perigo de extinção”: é desta forma que 222 aves surgem na última Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da UICN, actualizada há poucos dias. Entre estas espécies, surgem também 21 aves classificadas como “criticamente em perigo, possivelmente extintas”, uma vez que não há registos de serem vistas há largos anos.

Publicada UICN- União Internacional para a Conservação da Natureza, a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas serve de barómetro para o estado de conservação da natureza. E o estado actual da biodiversidade não é o melhor, diz esta organização. Causas para esta situação? A poluição, a urbanização, sobrepesca e a conversão de habitat naturais em terrenos agrícolas são apontados como factores determinantes para um cada vez maior número de espécies sujeitas a elevados riscos.

Uma das aves que maior preocupação levanta é a escrevedeira-aureolada (Emberiza aureola), vendida no mercado negro chinês como petisco gastronómico, e que vê a sua população diminuir uns impressionantes 90% desde o início de 1980.

Também o papagaio-da-Nova-Zelândia apresenta elevados riscos de extinção, com o relatório a apontar o dedo ao facto de inúmeros turistas continuarem a alimentar estas aves com alimentos pouco saudáveis, longe de serem apropriados à sua espécie.

Na lista surgem ainda 461 espécies de aves classificadas como em perigo e 786 com o estatuto de “vulneráveis”. A nível mundial, uma em cada oito aves está sujeita a ameaça.

No reverso da medalha, surge também a notícia que algumas espécies estão a conseguir recuperar a sua população. É o caso do pelicano-crespo, maior ave de água doce do mundo, que passa de espécie “vulnerável” a quase ameaçada.

Foto: Kris / flickr 





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