62% dos moluscos em fontes hidrotermais estão em risco de extinção



As profundezas do oceano são, ainda, amplamente desconhecidas pelo ser humano. Estudar as espécies e conhecer melhor os seus habitats permite, aos cientistas, criar estratégias que garantam a sua conservação e proteção.

Uma nova investigação da Queen’s University Belfast, na Irlanda do Norte, descobriu que quase dois terços dos moluscos que vivem exclusivamente em fontes hidrotermais, estão em risco de extinção. Estes ecossistemas são casa para mais de 180 espécies de moluscos, entre outras espécies, e estão a ser ameaçados devido à indústria da mineração.

Tendo em conta os critérios de avaliação da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a equipa concluiu que, desse total, 62% estão ameaçadas de extinção – 39 criticamente em perigo, 32 em perigo e 43 em estado vulnerável.

As espécies que se encontram em estado mais preocupante são as do Oceano Índico, dado que estão todas ameaçadas de extinção.

“Isto coincide com a distribuição de contratos de mineração concedidos pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, destacando o risco que a mineração representa para as espécies e demonstrando claramente porque precisamos destes dados”, afirma Elin Thomas, investigadora que liderou o estudo. “Na verdade, descobrimos que a gestão do fundo do mar e a regulamentação de mineração têm, de forma consistente, o maior impacto no risco de extinção de uma espécie, portanto, precisamos urgentemente de por em vigor novas regulamentações”.





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