69,6 graus negativos. Descoberta a temperatura mais baixa de sempre no hemisfério Norte



Entre os arquivos da Organização Meteorológica Mundial (OMM) de registos de temperatura de estações meteorológicas nos polos, os investigadores descobriram que a leitura da temperatura mais fria veio de uma estação meteorológica automática na Groenlândia a meio de um inverno de há quase 30, quase 2º C mais fria do que as dos registos conhecidos. A estação Klinck, na Gronelândia, perto do cume do manto de gelo, registou -69,6º C a 22 de dezembro de 1991, um valor mais baixo do que os -67,8º C registados em Verkhoyansk, na Rússia, em fevereiro de 1892, e no site Oimekon da Rússia em janeiro de 1933.

“Na era das alterações climáticas, muita atenção se concentra em novos registos de calor. Este registo de frio recém-reconhecido é um lembrete importante sobre os fortes contrastes que existem neste planeta”, disse Petteri Taalas, secretário-geral da OMM. Recorde-se que as cidade de Verkhoyansk e Oymyakon, são conhecidas como os dois lugares mais frios do mundo, onde as temperaturas podem cair para mais de 67 graus abaixo de zero.

Com as alterações climáticas, têm se registado cada vez mais eventos extremos no clima por todo o mundo. E o problema não se resume apenas às temperaturas, mas também ao aumento da precipitação, das tempestades súbitas e da subida do nível do mar.

Na Europa prevê-se que os verões fiquem mais secos nas regiões a sul e as chuvas mais intensas no período de inverno, substituindo a queda de neve. Assim, com o aumento da precipitação, também vão existir muitas inundações, algo preocupante dado que as zonas urbanas e as infra-estruturas não estão preparadas para esse género de acontecimentos.
Um artigo publicado na IOP Science, que estudou 571 cidades europeias, revela que os caudais de rios em cidades como Braga, Santiago de Compostela (Espanha) e Cork (Irlanda) podem ter no futuro um aumento de mais de 80% do nível das águas.

O Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno (IDMC) afirma que em 2019, cerca de 23,9 milhões de cidadãos foram obrigados a deslocar-se devido a desastres naturais relacionados com o clima.





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