94% dos portugueses mudariam os seus hábitos de compras pela proteção ambiental



Os hábitos de compra dos europeus e dos portugueses estão a mudar graças à crescente preocupação com o ambiente, revela a segunda edição do Barómetro Europeu das Melhores Práticas de Compra, desenvolvido pelo Oney Bank em parceria com a Harris Interactive.

Os cidadãos estão mais atentos ao seu consumo, e procuram evitar comprar produtos e serviços de que não necessitam, optando por adquirir produtos mais sustentáveis. O mercado de artigos em segunda mão viu a sua popularidade aumentar 50% no espaço de um ano, e metade dos europeus pretendem recorrer mais a esta opção, ao longo deste ano. Para acelerar esta dinâmica, o preço, a confiança e os serviços associados, particularmente em termos de pagamento, revelam ser alavancas fundamentais.

A análise demonstra que 86% dos inquiridos europeus estão prontos para alterar os seus hábitos de consumo diários. No caso dos portugueses, esta predisposição para a mudança é ainda mais notória (94%), nomeadamente no que se refere ao cuidado em não comprar produtos e serviços de que não necessitam (90%), em comprar produtos sustentáveis (96%) – mais especificamente eletrodomésticos e de tecnologia – ou em reduzir o seu consumo diário (96%). O combate ao desperdício (57%) e a sustentabilidade do produto (45%) são os dois principais fatores determinantes para o público português.

Os artigos em segunda mão ou recondicionados são uma alternativa cada vez mais popular na hora de ir às compras. No último ano, 78% dos portugueses admite ter optado por estes artigos, em vez de comprar novos. Em média, os portugueses gastam 360 euros por ano em produtos em segunda mão, principalmente nos setores de lazer, cultura, mobiliário e decoração. Os produtos são em grande parte adquiridos via online, em sites que permitem a compra e venda entre pessoas ou em plataformas de compras na internet/lojas online. No próximo ano, mais de metade dos portugueses demonstra querer manter esta tendência, especialmente no que refere a móveis e decoração, produtos culturais e de lazer.

Enquanto a inflação continua a aumentar, num contexto de perceção de enfraquecimento do poder de compra dos europeus, desde o início do ano, o preço e a durabilidade dos produtos são ainda mais decisivos na decisão de comprar produtos em segunda mão. Caso os produtos em segunda mão ou recondicionados pudessem ser pagos de forma fracionada, 78% dos portugueses admitem que comprariam mais.





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