95% das grandes empresas e 77,7% das PME portuguesas veem a sustentabilidade como oportunidade estratégica



A Católica Lisbon School of Business & Economics apresentou o 1º Relatório do Observatório dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nas empresas portuguesas, que mediu e avaliou 60 Grandes e 103 Pequenas e Médias Empresas Portuguesas.

De acordo com este Relatório, uma iniciativa do Center for Responsible Business & Leadership da CATÓLICA- LISBON em parceria com a Fundação BPI “la Caixa” e a Fundação Francisco Manuel dos Santos, 95% das grandes empresas e 77,7% das pequenas e médias empresas portuguesas veem a sustentabilidade como oportunidade estratégica.

Segundo a mesma fonte, a maioria das Grandes Empresas (88,3%) e PME (53,4%) afirma que o CEO/ Comissão Executiva da sua empresa está alinhada e motiva a implementação da Agenda 2030.

O Relatório revela também que 76,7 das Grandes Empresas indica ter algum conhecimento a um conhecimento detalhado dos ODS e que 52,5% das PME indica ter algum conhecimento dos ODS. Conclui-se que as PME têm um conhecimento relativamente reduzido sobre este tema.

Já 68,3% das Grandes Empresas e 47%6 das PME escolhem ODS que estão alinhados com a sua estratégia e fazem parte do seu core business enquanto 18,3% das Grandes Empresas e 6,8% das PME indicam definir a sua estratégia de acordo com os ODS e suas ambições e afirmam que estas guiam a sua atividade.

“Há ainda muito caminho a percorrer essencialmente na implementação dos ODS”

De acordo com Filipa Pires de Almeida, responsável pelo Relatório dos ODS na Empresas Portuguesas e Deputy Director – Center for Responsible Business and Leadership, “conclui-se essencialmente que as empresas em estudo têm um alinhamento elevado com os princípios de desenvolvimento sustentável preconizados na Agenda 2030″.

No entanto, acrescenta, “há ainda muito caminho a percorrer essencialmente na implementação dos ODS. Através dos questionários e entrevistas realizados junto de 163 Grandes e Pequenas e Médias empresas portuguesas, foi possível concluir que as motivações do setor privado para o seu envolvimento com os ODS são variadas. Prendem-se com motivações intrínsecas de ter impacto na indústria como líder na sustentabilidade e desenvolver mais negócio, mas também motivações extrínsecas, como o cumprimento da legislação. As principais barreiras identificadas estão associadas à falta de conhecimento sobre os ODS, à sua operacionalização, ao reporte dos ODS, bem como a falta de recursos para a sua aplicação”.

Por esta razão, diz Filipa Pires de Almeida, “a grande maioria das empresas portuguesas em estudo menciona ‘não estar onde gostaria de estar’ quando comparam a sua ambição com o nível de implementação dos ODS. Apesar das Grandes Empresas portuguesas mostrarem um nível de envolvimento e reporte ODS considerável, o caminho das PMEs portuguesas está ainda no seu início”.

A criação de um Observatório dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) nas empresas portuguesas “surge numa altura crucial para a implementação da Agenda 2030 no país e no mundo”, explica a Católica Lisbon School of Business & Economics em comunicado, sublinhando que estamos na chamada “Decade of Action”, assim denominada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres – uma década de ação para acelerar o cumprimento dos ODS e atingir as suas metas em 2030.

Neste sentido, acrescenta a mesma fonte, e tendo em conta o papel fulcral do setor privado no cumprimento desta Agenda para o Desenvolvimento Sustentável “é premente compreender se, e em que medida, estão as empresas portuguesas efetivamente a adotar esta Agenda, de forma a identificar potenciais barreiras à ação e oportunidades de melhoria”. Assim sendo, e seguindo este compromisso, a CATÓLICA-LISBON, em parceria com o BPI Fundação “la Caixa”, e a Fundação Francisco Manuel dos Santos lançaram este projeto em setembro de 2021, conclui.

 





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