Corridas de galgos em Portugal? Ministério desconhece prática no nosso país



Depois de uma extensa investigação jornalística da revista Visão sobre as corridas de galgos em Portugal, onde se punha a nu os maus-tratos a que este animais estão sujeitos, o PAN –Pessoas-Animais-Natureza apresentou uma denúncia crime contra a situação ao Ministério Público. O partido, pela voz do deputado André Silva, pediu igualmente esclarecimentos ao Ministério da Agricultura Florestas e Desenvolvimento Rural (MAFDR), até agora parco em explicações.

Nestes pedidos de esclarecimentos do PAN, questões sobre “o conhecimento e legalidade da actividade de corridas de galgos, acções de fiscalização, se tem conhecimento dos violentos métodos de treino e uso de drogas estimulantes” foram colocadas. Também foi perguntado ao Ministério da Agricultura “o que está a ser feito para garantir o bem-estar dos animais e como acontece o licenciamento/fiscalização destes eventos”, com a pasta a responder que “o MAFDR não tem conhecimento da existência das corridas referidas na pergunta parlamentar”.

Em comunicado enviado às redacções, o PAN vem agora questionar a veracidade destas afirmações já que “estas corridas são do conhecimento público, via meios de comunicação social e redes sociais e de opiniões manifestadas pelas autarquias”, caso do Município de Cuba a assumir publicamente o desejo de ser a capital desta prática.

Ainda segundo este partido político, membros do governo, como o Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, estiveram presentes em eventos onde a prática de corridas de galgos é pública, não sendo por isso “aceitável que este ministério, responsável pela tutela do bem-estar animal, continue a declarar-se alheio a esta prática”, avança o PAN em comunicado.

Também a revista Visão, logo na sequência da reportagem, questionou o ministro desta pasta, Capoula Santos, que argumentou “que o seu ministério não tem quaisquer competências no controlo de corridas de qualquer tipo, sendo essa uma função das autoridades policiais”, pode ler-se no site da revista.

Foto: primeira.mao / Creative Commons





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