As alterações climáticas estão a mudar os oceanos cada vez mais rapidamente
Hoje é o Dia Mundial dos Oceanos, data criada pela Organização das Nações Unidas há 28 anos atrás, e não se pode deixar de falar sobre a sua principal ameaça: as alterações climáticas.
Um estudo publicado na revista Nature Climate Change, indica que as espécies de diferentes camadas do oceano vão sofrendo com as alterações e movimentando-se em velocidades distintas, e que na segunda metade do século o fenómeno vai acelerar consideravelmente em todas as camadas. As espécies que vivem no fundo estão em maior risco, porque “Como o oceano profundo tem uma temperatura mais estável, qualquer pequeno aumento vai ter impacto nas espécies”, afirma Isaac Brito-Morales, principal autor da investigação.
Devido ao aquecimento global e às mudanças da temperatura das águas, as espécies acabam por ter de se mover no intuito de permanecer dentro da temperatura preferível à sua sobrevivência.
Atualmente, as espécies já se estão a mudar para cerca de 4 quilómetros abaixo, embora cada uma ao seu ritmo. Os autores referem ainda que mesmo que os níveis de gases de efeito de estufa (GEE) caiam drasticamente, estas mudanças vão ser até sete vezes mais rápidas na segunda metade do século.
A cadeia alimentar acaba por ser igualmente prejudicada, porque há animais que dependem de outros, e as áreas protegidas que defendem as espécies e os habitats podem ficar comprometidas, acabando as mesmas por ficar expostas aos riscos.