Empreendedora ensina mandarim básico com ilustrações fáceis (com FOTOS)



ShaoLan Hsueh não passa despercebida. Esta filha de um caligrafista e de uma artista cerâmica herdou dos pais o gosto pela língua e arte e uniu-os no Chinesy, uma ilustração que descodifica caracteres chineses e ensina a língua. Esta inovação poderá levar a que mais pessoas, em todo o mundo, aprendam os difíceis caracteres chineses.

“O Chinesy pretende penetrar na grande muralha da língua chinesa”, explica a Wired, que acrescenta que as pequenas histórias criadas por Hsueh podem ajudar as pessoas a memorizar alguns dos significados dos caracteres. E, uma vez passada esta fase, mais pessoas podem reconhecer uma família de caracteres semelhantes.

Um exemplo: o caracter que significa “árvore” tem características visuais semelhantes a “bosque”, “floresta”, “idiota”, e “amêndoa”. Por outro lado, o caracter para “fogo” é semelhante a caracteres como “quente”, “queimar”, “cozinhar no wok” ou “cabeça erguida”.

Os pictogramas têm oito caracteres-chave: fogo, árvore, sol, lua, pessoa, boca, porta e montanha. Assim, os estudantes podem aprender 64 palavras diferentes e combiná-las para criar frases simples. “A minha metodologia descodifica vários milhares de caracteres para identificar o elemento fundamental por trás de cada carácter. Combinei-os com uma série de gráficos lindos, para ajudar as pessoas a reconhecerem os padrões e, assim, o significado dos símbolos”, explicou Hsueh à Wired.

“Quero que as pessoas percebam a China, os chineses e a cultura chinesa sem se perderem na tradução”, continuou.

Para Hsueh, tudo começou há mais de uma década, quando se mudou para o Reino Unido. Quando os seus filhos nasceram, ficou frustrada porque estes não conseguiam ler mandarim. Foi este facto que desbloqueou a vontade de criar o Chinesy.

“Começou por um hobby e transformou-se em metodologia, usar caracteres, animações e cores.”, explocou. Em Fevereiro, os seus oito minutos nos TED fizeram sucesso viral e, desde então, a empreendedora já foi contactada milhares de vezes por pessoas interessadas no projecto.

Recentemente, Hsueh lançou um site para o projecto, com dicas de auto-ajuda para perceber a metodologia. Segundo ela, o mandarim tem 20 mil caracteres, mas apenas mil são suficientes para a literacia básica. Estes são também suficientes para perceber os sinais da estrada, menus de restaurante, artigos de jornal ou sites.

“Para mim é um legado. Quero partilhá-lo com pessoas que quere saber mais sobre a China”, conclui a inovadora.





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