Butão quer 100% de mobilidade eléctrica a médio prazo



Encurralado entre a China, Índia, Bangladesh e Myanmar, o Butão alcançou a fama há uns anos, quando popularizou o conceito de Felicidade Interna Bruta. Agora, o país está novamente no centro das atenções, uma vez que tenciona trocar todos os seus carros por veículos ecológicos e movidos a electricidade.

O plano foi anunciado na quinta-feira por Tshering Tobgay, primeiro-ministro do Butão, e por Carlos Ghosn, CEO da Nissan Renault, e prevê que os Nissan Leaf assumam a totalidade da frota oficial do Estado e táxis da capital e maior cidade, Thimphu (na foto).

A parceria prevê a avaliação de quais os melhores lugares para instalar as redes de abastecimento no País e, a médio prazo, o fim dos impostos sobre vendas e taxas de importação de veículos verdes, para estimular a transição entre a população.

Segundo dados do Banco Mundial, em 2009 o Butão tinha 46 veículos de passageiros por mil pessoas, o que significa que seus 742 mil cidadãos possuem cerca de 34 mil carros. Estes números podem parecer irrelevantes para o mercado global de carros verdes, mas a verdade é que o Butão pode tornar-se um exemplo mundial. E espera lucrar com isso.

Segundo o Planeta Sustentável, com esta medida, o Governo espera economizar o dinheiro do País, no longo prazo, uma vez que deixará de ser necessário importar combustível derivado do petróleo para abastecer a frota de carros. Hoje, a maior fonte de rendimento do Butão vem da venda de energia elétrica, ou para ser mais específico, da energia produzida por sua maior barragem, Chhukha Hydel.

Quase toda a hidroelectricidade produzida lá é vendida para seu vizinho mais rico, a Índia. E quase todo o dinheiro da negociação é usado para pagar a importação de gasolina.

Foto: hktang / Creative Commons





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