“A experimentação animal é uma actividade económica altamente lucrativa”



“A experimentação animal é, antes de mais, uma actividade económica altamente lucrativa. Não temos espaço político e económico para eliminar a matança de animais ou o seu uso para fins científicos. Temos quase o dobro de animais para consumo do que de humanos no Brasil”, afirmou esta semana a Promotora de Justiça em São Paulo (Brasil), Vânia Tuglio, no I Fórum de Direitos dos Animais.

A responsável, que apresentou um panorama sobre a utilização de animais em experiências científicas e em indústrias diversas, explicou que, apesar de evoluções na regulamentação da actividade, ainda é preciso melhorá-la no sentido de a restringir ao máximo e apostar em métodos alternativos.

Segundo Vânia, as leis e decretos que regulam a utilização de animais apresentam benefícios como a criação de comissões de ética para acompanhar os estudos e a limitação de possibilidades para esta prática. No entanto, avança o ANDA, estas normas ainda deixam espaço aberto para a vivissecção em projectos que não contribuem para descobertas que beneficiem a sociedade e que poderiam usar métodos alternativos.

Um dos grandes empecilhos para a adopção de métodos alternativos em experimentos é a presença deles em diversas actividades económicas, não apenas na farmacêutica, criação de vacinas e em estudos científicos.

Foto: Understanding Animal Research / Creative Commons





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