A neve da Antártida está a ficar verde e a culpa é das alterações climáticas
A “neve verde” resulta da presença de microalgas que têm proliferado na península da Antártida por causa do aquecimento global. O aumento das temperaturas tem criado um ambiente propício ao desenvolvimento destes organismos que, individualmente são microscópicos, mas que, ao crescerem de forma simultânea, conseguem dar à neve um tom esverdeado e brilhante que pode até ser visto do Espaço.
“A Antártida não vai ficar totalmente verde, mas é certo que ficará mais verde do que é atualmente”, disse Matt Amesbury, coautor da pesquisa da Universidade de Exeter. Os cientistas estudaram em pormenor cinco núcleos de três locais, tendo concluído que houve alterações biológicas importantes em toda a península antártica no último meio século.
Segundo o mesmo Matt Amesbury, o aumento da temperatura verificado na Antártida nos últimos 50 anos teve “um efeito dramático no crescimento dos bancos de musgo” no continente gelado. Foram identificadas 1.679 florações de algas, que cobrem uma área de 1,9 quilómetros quadrados.
Parece muito, mas, em termos da quantidade geral de carbono no mundo, é insignificante”, frisou. De resto, o cientista não tem dúvidas de que o aumento das temperaturas vai continuar a promover a proliferação das algas nos próximos anos.