ADN de marfim apreendido revela que caça aos elefantes ocorre principalmente em duas regiões de África



Grande parte do marfim apreendido pelas autoridades internacionais provém maioritariamente de duas regiões africanas: da savana – que se estende desde a Tanzânia a Moçambique – e da selva protegida que atravessa o Gabão, Congo, Camões e República Centro-Africana.

A conclusão é de um novo estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, em colaboração dom a Interpol, que recorreu a técnicas de análise genéticas especialmente desenvolvidas para sequenciar o ADN extraído de marfim proveniente do tráfico ilegal de elefantes. A equipa de investigadores analisou o material genético de 14 toneladas de marfim apreendidas entre 1996 e 2014.

“Estas confiscações constituem 70% do peso total do marfim contrabandeado neste período e contêm o carimbo dos gangues de crime organizado internacionais envolvidos neste negócio”, indica Sinc Wasser, investigador principal do estudo, cita a agência SINC

Da análise do marfim a equipa de investigadores concluiu que os elefantes são principalmente caçados naquelas duas regiões africanas, mas desde 2011 um destes pontos de caça está a deslocar-se para norte, do sudeste para o centro da Tanzânia, aproximando-se progressivamente do Quénia. Os resultados foram publicados na revista científica Science.

Todos os anos, cerca de 50.000 elefantes africanos são abatidos – o que representa 10% da população total de elefantes da floresta e da savana daquele continente. Conclui-se assim que a população destes animais está a ser literalmente dizimada.

Foto: Piet Grobler / Creative Commons





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