Alterações climáticas: estes vão ser os refugiados do futuro

As alterações climáticas são do conhecimento de todos, mas nem todos podem presenciar o impacto que tem na vida de muitas pessoas. Em 2018, mais de 17.2 milhões de pessoas em todo o mundo, tiveram de se deslocar devido a desastres naturais, e a ONU estima que em 2050 hajam cerca de 200 milhões.

Os desastres naturais têm vindo a aumentar ao longo dos anos, em consequência das alterações climáticas, como é o caso de incêndios, tempestades, inundações, deslizamento de terras e ondas de calor. Segundo o Environmental Migration Portal, os migrantes ambientais são pessoas ou grupos que devido a mudanças repentinas/progressivas no ambiente que afetaram as suas condições de vida, são obrigadas a sair de casa ou optam por fazê-lo, mudando-se para outra região do país (ou em alguns casos, até para fora).

Na Europa, os dados mais recentes de 2019 do Internal Displacement Monitoring Centre (IDMC) revelam que a Grécia, a França e a Espanha foram dos países mais afetados devido a estes desastres, contando respetivamente com 9 mil, 5 mil e 2 mil deslocações. Portugal é um país que devido aos fogos, também já sofreu o mesmo impacto.

O Índice ND-GAIN, que indica a vulnerabilidade de um país às alterações climáticas consoante a sua eficiência, considera que dentro dos países europeus, a Bósnia e a Moldávia são os que estão mais prejudicados.

O parlamento Europeu reforçou em 2019 o seu Mecanismo de Proteção Civil que gere o risco de desastres e os combate – o rescEU. O propósito é que se consiga responder não só a estes desastres naturais, como a outras possíveis ameaças, como emergências médicas e acidentes nucleares e radiológicos.

Os refugiados climáticos são um fenómeno atual, que está em constante crescimento. É cada vez mais importante trabalhar para combater e mitigar as alterações climáticas, e criar hábitos mais sustentáveis, de forma a que haja um futuro no Planeta, tanto para as nossas como para as gerações futuras.