Alterações climáticas não são causa directa de incêndios
A opinião é de Filipe Duarte Santos, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CNADS). Para este investigador e também docente universitário, tantas ignições como as que se observaram em Portugal só se explicam por acção humana directa.
“As alterações climáticas estão a aumentar o risco meteorológico de fogo florestal, mas há que considerar a mão humana”, disse, em entrevista ao Notícias ao Minuto, Filipe Duarte Santos. Sublinhando que “Portugal é o país da UE onde o número de ignições é o mais elevado”, o presidente do CNADS acusa: “Não está suficientemente esclarecido quantas destas ignições são inadvertidas e quantas são premeditadas. Essa caracterização não está a ser feita no nosso país”.
Para fazer face à seca, Filipe Duarte Santos defende a adopção de hábitos de consumo de água mais rigorosos: “Utilizamos a mesma água para a sanita e para beber. Isso é um luxo, se tivermos situações de escassez de água, como já está a acontecer em algumas localidades do país”. Para nos adaptarmos às circunstâncias climáticas novas “devemos fazer a reutilização da água”, aconselhou.
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