Angola vai plantar até 2030 perto de mil milhões árvores para “travar o avanço silencioso do deserto”



O secretário de Estado das Florestas angolano destacou ontem o megaprojeto para plantação de quase mil milhões árvores, no centro e sul de Angola, até 2030, para construir uma cortina verde e “travar o avanço silencioso do deserto”.

André Moda interveio hoje, a partir de Luanda, na 26ª sessão do Comité de Silvicultura (COFO26) da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) que arrancou hoje em Roma, Itália, até sexta-feira.

O governante angolano disse também que o projeto de plantação de árvores, que visa igualmente minimizar os efeitos da seca “que ameaça rigorosamente a região”, tem como meta a plantação de mil milhões de árvores até 2030.

Em declarações à agência Lusa, André Moda salientou que um ensaio decorre já em Luanda, capital do país, na zona dos Ramiros, e no município da Bibala, província do Namibe, para dentro de um mês se arrancar com a primeira fase da campanha na província da Huíla, com a meta de plantação de 700 árvores.

Segundo o secretário de Estado para as Florestas, o programa de massificação de plantação de árvores abrange além da Huíla as províncias do Cunene, Namibe e Benguela, por um período que vai até 2025, contando com a colaboração da organização não-governamental Ochiva.

Na sua intervenção, André Moda realçou que Angola está engajada no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), tendo para o efeito desenvolvido diversas ações de âmbito político e legislativo, que vão desde a aprovação de uma política florestal e vários instrumentos técnicos e legais, destacando a Lei de Base de Florestas e Fauna Selvagem.

O secretário de Estado para as Florestas realçou ainda o Inventário Florestal Nacional que contou com o apoio técnico e financeiro da FAO, o Programa de Prevenção e Combate aos Incêndios e Queimadas Florestais e o Programa de Gestão Integrada dos Ecossistemas Florestais do Miombo entre as ações do Governo.

O COFO26 decorre com o objetivo de fornecer uma plataforma de intercâmbio e diálogo entre os participantes e dar a direção estratégica para o futuro trabalho da FAO em silvicultura.





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