Aquacultura usa cada vez mais antibióticos
Existem vestígios de utilização de antibióticos em vários projectos de aquacultura de 11 países diferentes, de acordo com um estudo de Hansa Done e Rof Haden, do Instituto de Biodesign da Universidade Estadual do Arizona, Estados Unidos.
É sabido que os antibióticos não desaparecem de um dia para o outro, e a sua utilização excessiva pelas populações humanas e animais está a desenvolver novas resistências ao medicamento e, paralelamente, é uma grande ameaça à saúde e ambiente globais.
Publicado no Journal of Hazardous Materials, o estudo encontrou a presença de 5 dos 47 antibióticos avaliados nas aquaculturas de camarão, salmão, lampreia, truta, tubarão iridescente e tilápia.
Os níveis são considerados seguros, por agora, mas existe a preocupação de que estes produtos que não estejam sujeitos a regulações que promovam resistência a eles.
Os estudos que ligam a aquacultura ao problema do excesso de antibióticos e sua resistência aumentaram 800% de 1991 a 2013, por isso a comunidade científica está atenta ao problema. Isto deve-se ao aumento da actividade do sector, devido à procura global de peixes saudáveis.
Na verdade, o sector da aquacultura quase triplicou a sua produção nos últimos 20 anos – ela atingiu 83 milhões de toneladas métricas em 2013.
Foto: Bytemarks / Creative Commons