Aquecimento global: 2022 teve o quinto setembro mais quente dos últimos 143 anos, estima NOAA



A temperatura média global no passado mês de setembro foi de 0,88 graus centígrados acima da média de 15 graus registada no século XX, rivalizando com o mesmo mês de 2021 como o quinto setembro mais quente desde 1880.

Os números são avançados pela NOAA, a agência dos Estados Unidos para o mar e atmosfera, e indicam que, na região da América do Norte, o mês passado foi o setembro mais quente desde que há registo, “superando o recorde alcançado em 2019” com uma subida de 0,54 graus da temperatura média. Na Ásia, verificou-se o quinto mês de setembro mais quente, e em África, o sexto.

Em contraste, e apesar de as temperaturas terem estado acima da média, “a América do Sul e a Europa tiverem os setembros mais frescos desde 2013”.

Assim, setembro de 2022 é o 46.º setembro consecutivo e o 453.º mês consecutivo em que as temperaturas superaram a média do século XX.

Nos primeiros nove meses deste ano, a temperatura média global ficou 1,55 graus acima da média do século passado, sendo o sexto período mais quente alguma vez registado. Assim, estão criadas as condições para que 2022 possa figurar entre os 10 anos mais quentes de sempre, sendo que existe uma probabilidade de menos de 5% de que venha a estar no Top 5.

No mês passado, foi observada a oitava menor cobertura de gelo marinho de sempre, sendo que a extensão de área congelada no Ártico ficou mais de um milhão de quilómetros quadrados abaixo da área média no período entre 1981 e 2010.

Também no passado mês de setembro, a atividade ciclónica tropical esteve acima da média em todo o mundo, “com um total de 20 tempestades nomeadas”, diz a NOAA, com seis delas a registarem rajadas superiores a 170 quilómetros por hora.

Por seu lado, usando uma escala temporal diferente, o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) considera que setembro deste ano foi o quarto setembro mais quente de sempre a nível mundial, com uma temperatura média 0,3 graus acima da média de 1991-2020.

Em Portugal, o organismo público descreve o mês passado como “quente e chuvoso”, sendo que foi o quarto mês desde 2000 com maior nível de precipitação registada no território continental.

Tal permitiu “uma diminuição da situação de seca meteorológica em todo o território, com as classes de seca moderada e severa a predominarem em todo território”.





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