Aquecimento global está a tornar as salamandras mais pequenas



Foram consideradas durante muitos séculos imunes ao fogo mas, afinal, o calor está a afectar o tamanho das salamandras. Um novo estudo veio revelar que as salamandras selvagens da América do Norte estão a ficar mais pequenas à medida que o seu habitat natural se está a tornar mais quente e seco, obrigando a um dispêndio de energia maior para sobreviver neste clima mais austero.

Os investigadores da Universidade de Maryland concluíram que as salamandras das montanhas Apalaches são quase um décimo mais pequenas que as suas antecessoras de meados do século XX. A diferença de tamanhos é mais acentuada no sul dos Apalaches e a elevações mais pequenas – locais onde os dados indicam que as temperaturas mais subiram e os terrenos mais secaram.

Estudos anteriores indicavam que alguns animais iriam ficar mais pequenos em consequência do aquecimento global e este novo estudo vem corroborar essa hipótese. De acordo com Karen Lips, uma das autoras principais do estudo, este é uma das mais largas e rápidas taxas de mutação já registadas em qualquer animal”. “Não sabemos exactamente como e porque é que está a acontecer, mas os nossos dados indicam claramente que existe uma correlação com as mudanças climáticas”, afirma Lips.

O estudo contempla ainda uma simulação que mostra que as salamandras modernas são tão activas como os seus antepassados foram. Contudo, para manter esta taxa de actividade, os animais contemporâneos necessitam de gastar mais 7% a 8% de energia. Para conseguir esta energia extra, as salamandras têm de fazer opções. Podem ter de passar mais tempo à procura de mais alimento ou a descansar em locais mais frescos do que à procura de potenciais parceiros.

Foto:  GGL1 / Creative Commons





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