Ararinha-azul: a ave mais rara do mundo (com FOTOS)



Numa altura em que as atenções mundo estão viradas para o Brasil, é boa altura para relembrar a fauna e flora rica do país, que está em perigo. A ararinha-azul está incluída nesta lista, encontrando-se extinta na natureza e sobrevivendo apenas em cativeiro – há apenas 72 em todo o mundo: 29 machos e 43 fêmeas.

Em Abril de 1820, o Nova Amazónia partiu do porto de Belém, no Brasil, com destino a Lisboa. Seguramente embalada no convém do navio seguia uma impressiva colecção de insecto, peixes e pássaros e, entre estes últimos, o que aparentava ser um papagaio morto – um único exemplar da ararinha-azul, espécie que tornar-se-ia conhecida como a mais rara do mundo.

O animal, que seguia no convés do navio, havia sido morto há quase um ano, nas margens do rio São Francisco, perto de Juazeiro, pelo naturalista alemão Johann Baptist von Spix. Na altura, o cientista terá visto mais de um exemplar desta espécie, pois escreveu que o animal “vive em bandos”, mas reconhecendo-o como “muito raro”.

Von Spix e Carl Friedrich Philipp von Martius, companheiro de exploração, chegaram ao Rio de Janeiro em 1817, fazendo parte de uma expedição comandada pelo imperador Francisco I da Áustria. Von Spix pensou que o papagaio azul safira era uma outra espécie de arara-azul-grande, uma espécie que lhe era familiar, escreve o Guardian. Mais tarde deu-lhe o nome científico de Arara hyacinthinus.

Foi apenas depois da morte de von Spix que Johann Wagler, assistente do naturalista e zoólogo da Universidade de Munique, publicou um trabalho onde reconhecia o papagaio morto trazido no Nova Amazónia como uma nova espécie de animal. O reconhecimento do animal como uma nova espécie valeu-lhe valor académico e também comercial, com os investigadores a querem preservar a arara e os caçadores a tentarem capturá-la.

Ao longo do século seguinte, vários exploradores e ornitólogos tentaram encontrar a ararinha-azul no seu habitat natural, com pouco sucesso. Contudo, os aldeões locais conheciam algo que os exploradores não sabiam e, a troco de recompensas, ajudavam os caçadores, que capturavam e exportavam o animal para os entusiastas ricos europeus. Actualmente, a espécie apenas sobrevive em cativeiro. Veja onde.

Instituições Localidade Machos Fêmeas Desconhecido Total
Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP) Catar Al Shahaniyah 22 34 0 56
Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP) Alemanha Berlim 0 2 0 2
Fundação Parque Loro (LPF) Espanha Tenerife 3 5 0 8
Fundação Lymington (LF) Brasil São Paulo 2 1 0 3
Fundação Parque Zoológico de São Paulo (FPZSP) Brasil São Paulo 2 1 0 3
Total 29 43 0 72

Fonte: Wikipedia

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