Aroma a baunilha deriva da secreção de castores



A maioria das pessoas gosta do cheiro a baunilha. Acontece, porém, que esse odor pode não fazer lembrar a infância, mas sim algo completamente diferente – como os órgãos genitais de um castor. Isto porque o aroma a baunilha deriva do castóreo, secreção produzida por este animal.

O composto químico que os castores usam para marcar o seu território tem um aroma a baunilha usado por alguns fabricantes de perfumes como componente dos seus produtos e por cientistas alimentares como ingrediente natural de receitas. O aroma a baunilha não é então típico de uma região, mas sim resultado da dieta exclusiva de folhas e cascas dos castores.

A recolha do castóreo pode revelar-se num esforço complicado. As duas glândulas secretoras do castor estão localizadas entre a pélvis e a base da cauda. Devido à sua proximidade com as glândulas anais, o castóreo resulta muitas vezes numa combinação de secreções glandulares anais e urina. “Pode-se ordenhar as glândulas anais para conseguir extrair o líquido”, explicou Joanne Crawford, ecologista da vida selvagem da Southern Illinois University.

A boa notícia é que o castóreo não é a fonte mais comum do aroma de baunilha usado pela indústria, porque o processo de ordenha é sem dúvida desagradável para todas as partes envolvidas, principalmente para o animal.

A Food and Drug Administration dos Estados Unidos caracteriza o composto como “geralmente reconhecido como seguro”, tendo sido fortemente usado em perfumes e alimentos na década de 1980. Sendo supostamente seguro, os fabricantes optam em alguns casos por não o incluir na sua lista de ingredientes, referindo-se a ele simplesmente como “aroma natural”.





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