Ártico bateu recordes de calor no último ano



Já é oficial. A temperatura média anual registada nas áreas terrestres do Ártico é a mais elevada desde que há registos. Este valor record corresponde a medições realizadas entre Outubro de 2015 e Setembro de 2016.

Em Setembro terminou o período de doze meses em que se fizeram os últimos registos. O relatório de 2016 sobre o Ártico refere uma massa de ar quente que desencadeou a fusão massiva de gelo na região e provocou o atraso da chegada do Inverno. Neste documento, revisto por 61 cientistas de todo o mundo, assume-se que as temperaturas médias deste último ano foram as mais altas de sempre desde que há registos.

Publicado pela agência governamental dos EUA para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA, na sigla em Inglês), no relatório Jeremy Mathis, director do programa de investigação sobre o Ártico que está a ser desenvolvido na NOAA, afirma: “Raramente se viu o Ártico evidenciar um tão claro, forte ou acentuado sinal de persistente aquecimento e os seus efeitos em cascada no ambiente do que este ano”.

O Ártico está a aquecer a uma velocidade que é o dobro da do resto do planeta, que em 2016 também deverá registar o ano mais quente dos tempos modernos. Os cientistas climáticos referem as razões para o aumento da temperatura: a queima dos combustíveis fósseis, que emite gases com efeito de estufa para a atmosfera e a tendência de aquecimento do oceano associada ao El Niño, que terminou em meados do ano mas exacerbou o aquecimento, foram os fenómenos mais destacados.

Actualmente a temperatura média anual do Ártico em terra supera em 3,5 graus Celsius a registada em 1900. Por outro lado, a temperatura da superfície do mar no pico do Verão, em Agosto de 2016, esteve 5ºC acima da média do período 1982-2010 nos mares de Barents e Chukchi, bem como nas costas leste e oeste da Groenlândia.

Foto: Javi Parri / Creative Commons





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