As seis empresas que mais fazem para travar a desflorestação
O think tank britânico Global Canopy Programme lançou pela primeira vez este ano, ao abrigo da Declaração de Nova Iorque sobre as Florestas, o Forest 500, um ranking que classifica as empresas e organizações mundiais consoante os esforços que estão a fazer no sentido de travar a desflorestação mundial.
Travar a destruição das florestas foi identificado como uma das formas mais baratas e eficientes de evitar a trajectória das alterações climáticas. Porém, preservar as florestas é uma acção complicada por vários factores, como a procura global por produtos tropicais bem como as actividades ilegais.
Neste sentido, o Forest 500 destaca as empresas, jurisdições (países e outras regiões económicas), investidores e outros donos do poder que mais fazem em prol da preservação das florestas. Para avaliar as empresas, a classificação tem em conta a transparência e relatórios de actividade, operações, políticas de recursos e política ambiental, escreve o TreeHugger.
No total, foram classificadas 250 empresas. Destas, apenas seis têm pontuação máxima para produtos de origem florestal responsável, o que significa que a maior parte das empresas ainda não valoriza o suficiente a componente ecológica.
- Grupo Danone
Os produtos de risco na cadeia de fornecimento da Danone incluem a soja utilizada como ração animal, polpa para a utilização nas embalagens e óleo de palma como ingrediente. Porém, a empresa obteve pontuações elevadas nas suas políticas de operação e produção.
- Kao Corporation
Com sede no Japão, esta empresa detém várias marcas de produtos de beleza e higiene. A polpa de madeira e o óleo de palma são dois dos produtos florestais utilizados pela Kao Corp na cadeia de produção. Mas a Forest 500 atribui-lhe elevadas classificações pelas políticas de produto, transparência e relatórios.
- Nestlé
A Nestlé pode ser conhecida pelo seu chocolate, mas utilizou 400.000 toneladas de óleo de palma e derivados de óleo de palma nos seus produtos entre 2012 e 2013. Em 2010, a empresa comprometeu-se em trabalhar com óleo de palma produzido de forma mais sustentável. A empresa distinguiu-se pela pontuação elevada na transparência, relatórios e políticas ambientais e florestais.
- Procter & Gamble
Tal como as restantes empresas, a Porcter & Gamble utiliza grandes quantidades de óleo de palma e polpa de madeira nos seus produtos. A empresa comprometeu-se já publicamente a utilizar fontes mais sustentáveis. Foi destacada pelas políticas ambientais e florestais, operações, relatório e transparência.
- Grupo Reckitt Benckiser
Detém marcas como a Gaviscon, Clearasil, Veet e Lysol e é outra das empresas que recorre a produtos como a polpa de madeira e óleo de palma. A empresa destacou-se pela pontuação conseguida nas políticas ambientais e florestais, operações, relatório e transparência.
- Unilever
Dona de várias marcas de produtos de higiene que fazem parte do quotidiano de milhões de pessoas, a Unilever utilizou 1,5 milhões de toneladas de óleo de palma e derivados entre 2012 e 2013. Porém, 1,2 milhões de toneladas estavam certificadas pela Rountable on Sustainable Palm Oil. Em 2008, a empresa comprometeu-se a utilizar óleo de palma que não fosse produto de desflorestação.
Com excepção da Reckitt Benckiser, as restantes cinco empresas são signatárias da Declaração de Nova Iorque sobre as Florestas, que pretende eliminar a desflorestação da produção de produtos agrícolas até 2020 e acabar com todas as formas de desflorestação até 2030.
Foto: oldandsolo / Creative Commons