Austrália: calor e falta de habitat está a tornar cobras mais activas
Uma mãe australiana salvou, in extremis, o seu filho de ser comido por uma pitão de três metros, de acordo com o The Sydney Morning Herald (SMH). A mãe, identificada apenas como Tammy, acordou com os gritos do seu filho Tyler, de seis anos, na sexta-feira à noite. Ao chegar ao seu quarto, viu a cobra de três metros a morder a cara do jovem.
O rapaz, que estava a dormir na parte de cima de um beliche, acordou quando o réptil se meteu debaixo dos lençóis e lhe mordeu a mão. O réptil tinha começado a morder-lhe a cara quando Tammy puxou o seu filho para baixo. Com o filho em segurança, a mãe chamou os seus primos para lidar com o réptil.
“Não sei como ela [a pitão] conseguiu entrar na casa”, explicou Tammy ao SMH. “A cara estava coberta de sangue mas os olhos ainda estavam fechados, por isso acho que não estava completamente acordado”, explicou.
Nessa madrugada, Tyler foi visto no Macksville District Hospital e transferido, mais tarde, para o Coffs Harbour Hospital. De manhã foi-lhe dado alta e o rapaz encontra-se de boa saúde.
O caso passou-se em Macksville, no estado de Nova Gales do Sul, e é apenas mais um ligado a ataques de cobras nos últimos meses. Na semana passada, um habitante de Marrochy River, Queensland, encontrou uma pitão numa instalação eléctrica, tendo-se apercebido do animal depois de fumo ter saído da respectiva ficha.
No último mês, um grupo de especialistas em répteis avisaram que esta “praga” de cobras está a levar ao aumento de mordidelas em humanos e animais de estimação. “Quando mais quente estiver o dia, mais activas se tornam as cobras. Isso é certo”, explicou um veterinário durante uma conferência de imprensa. “E esta época está muito quente… e como há muitos novos condomínios e habitações, as cobras estão a ficar sem habitat para viver. Por isso, mudam-se para os nossos quintais”.
Foto: Phalinn Ooi / Creative Commons