Banco Asiático para o Desenvolvimento: cidades asiáticas não estão prontas para enfrentar cheias



Com o avanço das alterações climáticas os fenómenos extremos vão-se tornando cada vez mais frequentes e rigorosos. Se partes do mundo experienciam secas extremas, outras atravessam inundações que causam prejuízos em vários sectores económicos e por vezes reclamam vidas humanas e de animais.

No último Inverno, este foi um flagelo que atingiu a Europa e mereceu atenções mediáticas alargadas. Contudo, este flagelo é uma realidade anual de muitos países asiáticos, que nem sempre merecem atenção mediática nem soluções governamentais eficientes.

“As cidades asiáticas não estão prontas para enfrentar cheias”, defendeu Amy Leung, directora de desenvolvimento urbano e divisão de água do Departamento para o Sul da Ásia do Banco Asiático para o Desenvolvimento durante uma conferência do Congresso Mundial da Água, que decorre em Lisboa.

De acordo com a responsável, as inundações na ásia aumentaram entre três a quatro vezes nos últimos anos e as soluções para lidar com o problema são ineficazes. “Não se está a fazer o suficiente ao nível do planeamento estrutural”, afirma Leung.

Um dos principais obstáculos apontados pela directora do Banco Asiático para o Desenvolvimento é a falta de uma resposta rápida por parte das cidades às movimentações migratórias. “O planeamento é a curto prazo. Há pessoas a viver em condições deficientes”, sublinha.

Para Amy Leung, a solução para evitar que as cheias na Ásia atinjam as dimensões catastróficas que estamos habituados a ver passa por um planeamento urbano holístico, onde as várias entidades cooperem entre si para criar uma estratégia a longo prazo e eficaz, bem como edifícios e espaços que consigam minimizar os efeitos das inundações.

Foto: Asian Development Bank / Creative Commons

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