Benefícios associados ao consumo de frutos secos fazem disparar preços e procura



Agora que 2013 está a chegar ao fim, os produtores e comerciantes de frutos secos podem celebrar mais um ano de elevada procura e aumento dos preços destes produtos. A divulgação progressiva dos benefícios associados ao consumo de frutos secos, como as nozes, amêndoas, avelãs, cajus e afins fez disparar o interesse dos consumidores um pouco por todo o mundo, mas principalmente nos Estados Unidos e Europa.

Um estudo, publicado em Novembro pelo New England Journal of Medicine, revela que o consumo regular de frutos secos está associado a uma maior longevidade. Um outro estudo sobre a dieta mediterrânica indica que este tipo de alimentação complementada com o consumo de frutos secos reduz a probabilidade de doenças cardiovasculares.

Face a notícias como estas, o consumo disparou. A procura tem aumentado a um ritmo anual de 10% a 12% nos últimos cinco anos. A impulsionar este incremento está também a China, para além da Europa e dos Estados Unidos. Os chineses estão a diversificar a dieta e a procurar cada vez mais produtos mais saudáveis. As importações de amêndoas para a China aumentaram de 30.200 toneladas na colheita de 2008/2009 para 150.000 toneladas na colheita de 2012/2013, refere o Financial Times

E os preços também aumentaram. O benchmark (índice de referência) das amêndoas, por exemplo, aumentou de €1,82 por libra para €2,92, nos últimos 18 meses, tendência acompanhada pelos restantes frutos secos. Porém, apesar dos preços elevados a procura tem permanecido forte.

Contudo, face às expectativas de continuidade da tendência de procura, os preços também deverão continuar a aumentar, o que a curto prazo pode levar a uma diminuição do consumo. “Poderá  haver um racionamento da procura caso os preços ultrapassem valores razoáveis”, indica Ashok Krishnan, commodities trader da Olam International.

Um dos factores que irá condicionar os preços dos frutos secos será a produção, que os analistas esperam que diminua no próximo ano. Nos Estados Unidos – responsável por 80% da produção mundial -, a produção caiu 2% este ano e as previsões apontam para uma quebra de 1% em 2014 devido às alterações climáticas e à escassez de água. Se assim for, os preços aumentarão ainda mais e os consumidores poderão começar a desinteressar-se pelo produto.

Foto:  IainBuchanan / Creative Commons





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