Biden considera “dececionante” falta de compromisso da Rússia e China sobre metas climáticas



Não é esperada a presença dos Presidentes russo, Vladimir Putin, e chinês, Xi Jinping, nas duas semanas de reuniões hoje iniciadas em Glasgow, na Escócia, mas deverão enviar altos responsáveis às conversações da COP26.

“A deceção prende-se com o facto de a Rússia e a China basicamente não terem assumido quaisquer compromissos para lidar com as alterações climáticas. E há razões para as pessoas se sentirem desapontadas”, declarou Biden em Roma no final de uma reunião do G20, o grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.

“Eu mesmo considerei isso dececionante”, observou o Presidente norte-americano.

Os líderes das maiores economias do mundo acordaram hoje parar de financiar centrais elétricas a carvão em países pobres e assumiram um vago compromisso de atingir a neutralidade do carbono “por volta de meados do século”, ao concluírem a cimeira do G20 em Roma, antes da conferência das Nações Unidas sobre o clima, que decorrerá em Glasgow até 12 de novembro.

Enquanto o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, descreveram a cimeira do G20 como um êxito, o resultado desiludiu os ativistas do clima, o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o chefe do executivo britânico, Boris Johnson.

O Reino Unido é o anfitrião da conferência de duas semanas em Glasgow e esperava que saíssem objetivos mais ambiciosos da reunião de Roma.

Boris Johnson classificou os compromissos alcançados na reunião do G20 como meras “gotas num oceano em rápido aquecimento” e António Guterres concordou que o resultado foi insuficiente.

“Embora eu acolha o compromisso renovado do G20 para soluções globais, deixo Roma com as minhas expectativas por preencher – mas, pelo menos, não estão enterradas. Sigamos para a #COP26 em Glasgow”, escreveu Guterres na rede social Twitter.

Os países do G20 representam mais de três quartos das emissões mundiais de gases com efeito de estufa e o Reino Unido esperava um “impulso do G20” ao iniciar-se a COP26 em Glasgow.

Ambientalistas e cientistas descreveram a conferência das Nações Unidas como “a última oportunidade” do mundo para obter compromissos para reduzir o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius acima da média era pré-industrial.





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