Botânico de Coimbra ganha jardim para se tocar, provar e cheirar as plantas



O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra abriu, esta segunda-feira, o “Jardim Sensorial”, um novo espaço no qual os visitantes serão desafiados a tocar, ver, provar e cheirar diferentes plantas.

O novo jardim, que será inaugurado no âmbito das comemorações dos 250 anos do Jardim Botânico, vai ocupar um espaço que estava fechado e por requalificar, lateral à Avenida das Tílias, disse à agência Lusa a diretora daquela estrutura da Universidade de Coimbra (UC), Teresa Girão.

“O ‘Jardim Sensorial’ surge como uma resposta à necessidade de reativar aquele espaço, mas também ser um espaço em que as pessoas possam usufruir do jardim de forma diferente. No Jardim Botânico, há um respeito pelo museu que é, dedicado ao estudo, mas também é um espaço de lazer e de aprendizagem, que se quer com mais interação e contacto”, vincou.

Nesse sentido, o Botânico de Coimbra decidiu criar um lugar onde se convida as pessoas a “tocarem, a sentirem texturas, a cheirarem, a observarem calmamente e a repararem nas diferentes cores e formas das plantas”, assim como a provarem-nas, realçou Teresa Girão.

Segundo a diretora do Botânico, o “Jardim Sensorial” terá cerca de 60 metros lineares de canteiros elevados, à altura do tronco, dispostos de forma labiríntica, encaixados uns nos outros, para convidar a uma maior aproximação do visitante às plantas.

Divididos por secções, haverá canteiros com plantas como a erva-cidreira, a menta-chocolate (que, de acordo Teresa Girão, cheira ao chocolate ‘after eight’), a salva-ananás (que tem um sabor próximo do abacaxi), a segurelha, o funcho ou o poejo, que as pessoas poderão provar ou cheirar.

No tato, as pessoas poderão experimentar tocar no rabo-de-macaco, na espada-de-são-jorge ou no aloé, entre outras, e, na secção dedicada à visão, poderão observar narcisos, amores-perfeitos, abacaxi-roxo ou jacinto-uva.

“Há um grande número de plantas”, salientou Teresa Girão, considerando que este “Jardim Sensorial” terá também um grande potencial para o Botânico desenvolver atividades no âmbito do seu serviço educativo.

Na segunda-feira, será também inaugurada a exposição de fotografia “A Imagem do Jardim”, que celebra os 250 anos de história daquele espaço, mostrando, através de 20 fotografias dispostas ao ar livre, a evolução do Botânico de Coimbra, com a imagem mais antiga captada em 1859.

A sessão de inauguração contou com a presença do reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, e de antigos diretores do Jardim Botânico.

A exposição poderá ser visitada até 10 de março de 2023.





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