Brasil: 80% dos supermercados de São Paulo acabam amanhã com os sacos de plástico
A partir de amanhã, 25 de Janeiro, cerca de 80% dos supermercados e hipermercados do Estado de São Paulo, Brasil, vão deixar de fornecer sacos de plástico aos seus clientes, uma decisão que tem como base um acordo entre a Associação Paulista dos Supermercados (Apas) e o Governo do Estado de São Paulo. O acordo evitou a adopção de uma lei de sentido idêntico.
Segundo os media brasileiros, os consumidores terão agora à sua disposição caixas de papelão ou sacos reutilizáveis. Quem quiser poderá também comprar sacos biodegradáveis, que têm um custo de R$0,20 (cerca de €0,08).
“Optámos pelo diálogo com o sector. O acordo é voluntário por parte das redes”, explicou o secretário do Meio Ambiente de São Paulo, Bruno Covas. O responsável lembrou também que algumas cidades, como Jundiaí, aprovaram legislação para proibir os sacos de plástico, mas essas leis foram julgadas inconstitucionais.
Apesar de os sacos de plástico representarem uma pequena parcela do volume total de lixos, a sua proibição é vista como uma importante vitória para ajudar a mudar a mentalidades dos brasileiros em relação aos temas relacionados com a sustentabilidade.
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“As pessoas estão a separar o lixo seco do húmido, que é o que realmente precisa de um saco de plástico, para que não nos sujemos”, explicou a gestora do consumo sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Fernanda Daltro.
A gestora de sustentabilidade do grupo Pão de Açúcar, Ligia Korkes, já explicou que todo o dinheiro obtido com a economia dos sacos de plásticos e com a venda dos sacos reutilizáveis será investida em acções de sustentabilidade do grupo.
Ainda assim, e apesar de tudo, há quem não concorde com este acordo. Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, que representa o sector dos plásticos, diz que a economia do Estado de São Paulo perderá R$ 500 milhões (€220 milhões) com esta restrição. Para quando uma viragem para a economia verde por parte destas empresas?