Canalizador cria sanita móvel que atinge os 88,5 Km/hora
Cerca de 2,5 mil milhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico ou a uma simples sanita. Mais do dobro da população norte-americana – 780 mil pessoas – não têm sequer acesso a água limpa.
Estes dados foram relembrados no início do ano pelo actor Matt Damon para chamar a atenção para o problema do saneamento básico, como avisámos aqui, mas não é disso que falamos nesta notícia, ainda que tal não seja – nunca – de descurar.
Esta notícia é sobre Colin Furze, um canalizador inglês de 33 anos que construiu aquela que será a sanita móvel mais rápida do mundo, com um potente motor de 140 cavalos escondido por debaixo do assento.
Colin passou um mês a construir a sanita que até autoclismo tem, possível de ser usado em movimento. No volante, pode ainda prender o jornal para ir dando uma olhadela nas notícias enquanto circula.
A sanita móvel, movida a gasolina, não é propriamente um meio de transporte muito seguro. “O assento é bastante escorregadio, pelo que é difícil ficar quieto e não deslizar para fora quando vamos mais depressa”, revela o seu criador. E acrescenta que também é bastante complicada de guiar.
Enquanto canalizador, Furze é muitas vezes chamado para reparar e instalar sanitas. Decidiu então apostar um pouco na diversão – e de forma rápida. Para isso, usou uma scooter na base e anexou-lhe uma estrutura de aço com um pedestal de madeira, antes de montar a sanita por cima.
Equipou o veículo com quatro engrenagens electrónicas para o volante e construiu um comando manual, disfarçado sob a forma de piaçaba, para o caso de a primeira opção falhar. Também juntou um toalheiro à parte de trás da casa de banho, cobriu a base com azulejos pretos e brancos e transformou o escape num suporte para o rolo de papel higiénico.
Furze já conseguiu atingir uns incríveis 88,5 Km/hora na sua sanita, mas acredita que poderá viajar ainda mais depressa. O seu objectivo é entrar para o recorde do Guinness com a sanita mais rápida do mundo – mas decerto que trocaria este prémio por uma estratégia global de saneamento básico para quem mais precisa.
A nossa sugestão: Colin poderia aproveitar a sua criatividade e talento – que, sem dúvida, tem – para contribuir para uma causa silenciosa, mas que mata milhares de pessoas por dia. Seria um verdadeiro projecto de cidadania.