Cascais espera mais 107 toneladas de produção agrícola anual no concelho até 2025
Cascais vai aumentar a produção agrícola anual no concelho em cerca de 107 toneladas até 2025, estima a Câmara Municipal, através de projetos de plantação de fruta, legumes, vinha e trigo da autarquia e de particulares.
Dados da Câmara de Cascais enviados à agência Lusa indicam a utilização de 224 hectares de terrenos junto ao Estabelecimento Prisional do Linhó e nos vales de Caparide e Freiria, produção esta que inclui vários produtos hortícolas, trigo barbela e vinha em áreas demarcadas do Vinho de Carcavelos.
A produção total anual atualmente está próxima das 40 toneladas em terrenos da Horta da Quinta do Pisão, da Horta do Brejo, da prisão de Tires e do Mosteiro de Santa Maria do Mar, indica a autarquia.
Estes espaços são geridos por equipas da empresa municipal Cascais Ambiente e as suas produções destinam-se a famílias carenciadas do concelho e para consumo local.
Juntando os valores da produção atual no concelho (40 toneladas) com as estimativas para o futuro (107 toneladas), prevê-se uma produção anual de 147 toneladas a partir de 2025.
As novas plantações previstas abrangem uma maior área junto à prisão do Linhó (110 hectares), onde os reclusos desta cadeia vão semear trigo, fruta e legumes, sendo que a produção resultante destina-se para doações, cantinas municipais e comercialização.
Já nos vales de Caparide (70 hectares) e de Freiria (44 hectares), o espaço vai ser dividido entre particulares e o projeto municipal “Hortas Ninho”.
No âmbito desse projeto, a autarquia do distrito de Lisboa informa que vai atribuir parcelas a empreendedores e onde serão plantados produtos hortícolas, enquanto os restantes terrenos de Caparide e Freiria serão concessionados a privados para exploração de trigo e vinha.
De acordo com as informações enviadas pela Câmara de Cascais à Lusa, dentro das 107 toneladas estimadas de aumento, o executivo espera uma produção anual de 55 toneladas de produtos hortícolas, 31 toneladas de vinha e 11 toneladas de trigo barbela.
A autarquia esclareceu ainda que a exploração das novas áreas agrícolas não implicou alterações no Plano Diretor Municipal, documento cuja nova versão aprovada em Assembleia Municipal em julho deste ano aguarda aprovação do Conselho de Ministros.