Centrais energéticas a carvão estão a perder dinheiro



Um estudo da Carbon Tracker Initiative mostra que 42% das centrais energéticas a carvão perdem dinheiro, e que em 2030 a energia produzida em centrais eólicas e solares será mais barata que a proveniente de 96% das centrais a carvão.

O estudo foi feito tendo em conta a rentabilidade de quase sete mil centrais a carvão em todo o mundo, que representam 95% da capacidade instalada (1900GW) e 90% da capacidade que está neste momento a ser construída (200GW).

As conclusões dão força à ideia de que não é só ruinoso para o meio ambiente continuar a insistir numa fonte de energia altamente poluente; também já é ruinoso do ponto de vista financeiro.

Por trás do prejuízo destas centrais estão os altos custos do combustível. Em 2040, este valor deverá subir para 72%, devido aos aumentos no preço das licenças de carbono.

 

O que pensa o Greensavers
O relatório é feito com base nos preços atuais das licenças de carbono. Mas tendo em conta que os níveis de CO2 continuam a aumentar apesar de todos os esforços feitos desde o Acordo de Paris (por culpa de haver mais carros a circular e mais centrais elétricas a carvão), era bom que da cimeira COP24, que decorre neste momento na Polónia, saíssem medidas concretas para penalizar a produção energética que ainda recorra ao carvão, a fonte mais poluente que temos neste momento à nossa disposição para produzir eletricidade. Se queremos manter as temperaturas mundiais abaixo dos 1,5ºC que, concordam os cientistas, será necessário para evitar a catástrofe climática, então os líderes mundiais têm de acordar taxas pesadas sobre o carbono para desincentivar o seu uso.





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