China está de olho em €41 mil milhões de solos raros da Grécia
Depois da América do Sul e África, a invasão chinesa chegou à Europa. Segundo o International Business Times, um grupo de investidores chineses visitou a Grécia no início de Setembro para expressar a sua intenção de explorar as grandes reservas de terras raras do país.
De acordo com o Planeta Sustentável, a Grécia é um dos cinco países europeus com reservas de terras e minerais raros – os outros são a Suécia, Finlândia, Noruega e Dinamarca. O solo grego teria €41 mil milhões (R$ 125 mil milhões) nestes recursos. Grande parte dos elementos encontram-se a norte do Mar Egeu e na Trácia.
As chamadas “terras raras” são um grupo de 17 elementos metálicos que podem ser usados em catalisadores, refino de petróleo, TV, telemóveis, portáteis, baterias recarregáveis em carros híbridos e eléctricos, turbinas eólicas, equipamentos médicos, sistemas fotovoltaicos, satélites de defesa e outros produtos.
Nos últimos tempos, a Grécia começou dois programas de pesquisa nas áreas a serem exploradas. O país ainda não divulgou detalhes de seus estudos, e deverá ser por isso que o grupo de investidores se deslocou até Atenas.
Os metais incluem neodímio, disprósio, lantânio, escândio, gadolínio, túlio e lutécio. A China já se encontra em posição estrategicamente favorável por ter a maior quantidade destes elementos em seu solo no mundo – 95% das reservas estimadas.
Isto confere ao país uma grande alavancagem política – até porque a economia, e sobretudo a de baixo carbono, depende deles.