China poderá ser o país mais materialista do mundo



A relação pode ser caricata, mas a China, um regime comunista, poderá ser afinal o país mais materialista do mundo. Um estudo recente, elaborado pela IPSOS em mais de 20 países, revela que 71% dos chineses afirma medir o seu sucesso pelos bens materiais que possui, uma percentagem consideravelmente maior que os valores verificados em outros países.

No que toca ao sucesso e rendimentos, os chineses também são os que afirmam sentir-se mais pressionados em atingirem sucesso profissional e ganhar dinheiro, refere o Quartz. Cerca de 68% dos inquiridos chineses afirma concordar com a afirmação “sinto-me sob muita pressão para ser bem-sucedido e ganhar dinheiro”.

Relativamente ao consumismo, os chineses são agora os maiores compradores de itens de luxo, sendo responsáveis quase por um terço das compras destes produtos a nível global, revela a consultora Brain&Co. Há cinco anos, a compra destes produtos pelos consumidores chineses ascendia a apenas 10% das compras a nível global.

Mesmo no meio de uma ofensiva governamental contra a corrupção e gastos generosos do governo – que já foi responsável por boa parte das compras de produtos de luxo na China – para travar esta situação, o gosto dos chineses por bens extravagantes continua forte. No entanto, cerca de dois terços das compras de luxo dos chineses são feitas fora da China. O mercado de luxo na China tem um grande potencial de crescimento, tanto que até a indústria funerária se está a especializar neste sector.

Uma das conclusões que se pode retirar do estudo é a correlação entre o grau de desenvolvimento de um país e a tendência dos seus habitantes para igualar o dinheiro e bens materiais ao sucesso pessoal e profissional. Tal como a China, também a Índia e o Brasil estão no topo das nações que mais importância dão aos bens materiais.

Contrariamente, a nação onde os bens materiais têm menor importância é na Suécia, com apenas 7% a medir o seu sucesso pelos bens que possui. A média dos 20 países inquiridos situa-se nos 34%.

Foto:  epSos.de / Creative Commons





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...