Cientistas criam fraldas biodegradáveis feitas de cartão reciclado



A Europa gera cerca de 60 milhões de toneladas de papel reciclável por ano, das quais 40% é composta de cartão. Agora, o VTT Technical Research Centre, na Finlândia, descobriu como usar cartão e papel reciclados para fazer produtos como fraldas, pensos higiénicos e panos de limpeza.

Em 2011, foram produzidos na Europa cerca de 1,9 milhões destes produtos reciclados – números em crescimento que revelam o quão popular esta inovação verde se está a tornar no mercado. Este tipo de produtos de higiene são tradicionalmente feitos com matérias-primas não degradáveis, como o poliéster. É por isso que acabam no aterro sanitário e por lá ficam indeterminadamente.

Este novo processo utiliza produtos biodegradáveis que ​​serão muito mais competitivos em termos de preço do que os produtos à base de plástico. E os custos dos artigos à base de cartão são cerca de 20% inferiores aos dos artigos produzidos a partir de matérias-primas de madeira, por exemplo.

“Isto significa que novas oportunidades de negócio devem surgir de forma bastante rápida, já que a tecnologia para o fabrico de não-tecidos a partir de materiais reciclados já está em vigor”, disse Ali Harlin, do VTT.

O método desenvolvido pelo VTT também pode significar maiores possibilidades no campo do reaproveitamento de cartão – que consegue ser mais rentável do que usar papel como matéria-prima.

O maior obstáculo à utilização de cartão nestes produtos passa por ter a certeza de que está livre de lignina e hemicelulose. O VTT usou vários métodos de tratamento de fibras de celulose em cartão reciclado – para dissolver a celulose, usaram sua tecnologia patenteada de carbamato, que é mais segura e amiga do ambiente do que os processos tradicionais.

Além disso, os cientistas foram capazes de produzir artigos com uma tecnologia de formação de espuma que utiliza pouca água, refere o Inhabitots.

Este novo avanço pode significar novas fontes mais lucrativas para o cartão e papel reciclados e, simultaneamente, o afastamento de produtos prejudiciais dos aterros sanitários.





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