Cientistas descobrem gene que cria resistência aos antibióticos em bactéria mortal



Uma equipa de cientistas descobriu, num estudo coordenado pela Universidade de Queensland, na Austrália, que a bactéria Escherichia coli ST131 tinha um gene que ajudava a criar resistência aos antibióticos prescritos pelos médicos. Esta bactéria é conhecida por infetar mais de 150 milhões de pessoas no mundo, e por originar infeções como o choque séptico ou outras do trato urinário.

“As bactérias têm estruturas genéticas nas suas células – chamadas plasmídeos – que são trocadas rapidamente e facilmente entre si. Este gene de resistência está num desses plasmídeos e está rapidamente a tornar a E. coli ST131 extremamente resistente a antibióticos fluoroquinolonas amplamente prescritos”, explica Mark Schembri, professor na Escola de Química e Biociências Moleculares da Universidade de Queensland. “Esses antibióticos são usados ​​para tratar uma ampla gama de infeções, incluindo infeções do trato urinário, infeções na corrente sanguínea e pneumonia”.

Já havia uma perceção, a nível global, de que havia casos em que alguns antibióticos não estavam a combater devidamente a bactéria. Com a nova descoberta, os especialistas perceberam existir uma ligação a este gene, e procuram agora desenvolver novos tratamentos que consigam resistir.

“Agora que entendemos o impacto deste gene de resistência a antibióticos devido aos plasmídeos, podemos desenvolver estratégias de tratamento mais personalizadas. Isso pode incluir novas combinações de antibióticos ou até mesmo medicamentos alternativos não antibióticos que bloqueiem a infeção por E. coli ST131″, sugere Minh-Duy Phan, autor principal do estudo.





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