Cientistas encontraram o ar mais limpo do Planeta



A equipa de cientistas descreveu a região, que é livre de partículas causadas pela atividade humana, como “verdadeiramente pura”, de acordo com um estudo publicado na revista Proceedings of The National Academy of Sciences

A atividade humana está intimamente ligada às alterações climáticas e às variações na meteorologia, tornando mais difícil que alguma parte do globo permaneça intocável no que diz respeito a poluição do ar.

Contudo, a equipa de investigadores tinha uma forte suspeita que o ar sobre o Oceano Antártico estaria protegido da atividade humana e da poluição.

E estavam certos. Os investigadores finalmente descobriram que o ar naquela zona não possuía nenhuma das partículas de aerossol causadoras de poluição do ar produzidas pela atividade humana, como queima de combustíveis fósseis, fabricação de fertilizantes e disposição de águas residuais.

“Conseguimos usar as bactérias no ar sobre o Oceano Antártico como uma ferramenta de diagnóstico para inferir as principais propriedades da atmosfera mais baixa”, afirmou Thomas Hill, cientista e co-autor do estudo, em comunicado.

“Por exemplo, os aerossóis que controlam as propriedades das nuvens SO (Oceano Antártico) estão fortemente ligados aos processos biológicos oceânicos, e a Antártica parece estar isolada da dispersão para o sul de microorganismos e deposição de nutrientes dos continentes do sul. No geral, sugere que o SO é um dos poucos lugares na Terra que foi minimamente afetado por atividades antropogénicas. ”

O exame da composição dos micróbios aerotransportados, que podem ser dispersos milhares de quilómetros pelo vento, ajudou no o estudo. Utilizando métodos de sequenciamento e rastreamento de DNA, o primeiro autor do estudo, Jun Uetake, descobriu que as origens dos micróbios eram de facto do oceano.

Hill observou que o ar sobre o Oceano Antártico era tão limpo que havia apenas pequenas quantidades de DNA para trabalhar.

Ao analisar a composição bacteriana dos micróbios, a equipa concluiu que a poluição das atividades humanas em todo o mundo não estava presente no ar da região.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a poluição do ar é responsável por cerca de 7 milhões de mortes por ano. Estudos mostraram que a poluição do ar pode aumentar o risco de doenças cardíacas, derrames, cancros de pulmão e outras condições.





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