Cientistas transformam emissões de dióxido de carbono em pedra



As emissões de dióxido de carbono de uma central eléctrica foram pela primeira vez capturadas, injectadas para o subsolo e solidificadas, o primeiro passo para uma captura e armazenamento de carbono mais segura, de acordo com um estudo publicado ontem na Science.

“Isto abre uma nova porta para nos livrarmos do dióxido de carbono ou armazenar dióxido de carbono no subsolo, algo que não tem sido visto como uma alternativa séria no passado”, explica o co-autor do estudo, Martin Stute, um hidrologista do Lamont-Doherty Earth Observatory na Universidade de Columbia, Nova Iorque.

Segundo o Climate Central, os cientistas que trabalham na central geotérmica de Hellisheidi, perto de Reiquiavique, Islândia, conseguiram injectar o dióxido de carbono dos gases vulcânicos para as formações subterrâneas de basalto, misturá-lo com água e quimicamente solidificar o dióxido de carbono.

Quando o basalto, uma rocha vulcânica que é responsável por 70% da superfície da Terra, é exposta ao dióxido de carbono e água, ocorre uma reacção química que converte o gás num material sólido.

“A grande surpresa é que esta reacção ocorre de forma muito rápida – até numa escala temporal de projecto de engenharia”, explicou Stute. O projecto, denominado CarbFix, conseguiu completar o processo em dois anos.

“Esta é uma demonstração interessante de uma abordagem potencial transformacional para o armazenamento de CO2”, explicou Jeffrey Bielicki, engenheiro e professor assistente na Universidade de Ohio State, Estados Unidos, que não participou no estudo. “A abordagem liga o CO2 de uma forma que o imobiliza num período temporal relativamente pequeno, especialmente quando comparado com a duração de tempo que precisamos para manter o CO2 fora da atmosfera”.





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