Colocar pilhas e baterias no Pilhão vai ajudar IPO de Lisboa (com ENTREVISTA)
Desde o início do mês que a Ecopilhas tem em marcha o 5º Peditório Nacional de Pilhas e Baterias, um projecto a favor do Instituto Português de Oncologia (IPO) e que alerta, paralelamente, para o perigo da deposição incorrecta das pilhas e baterias – sobretudo para o ambiente.
O resultado desta recolha permitirá à Ecopilhas doar ao IPO de Lisboa dois aparelhos de videoendoscopia portátil, com gravação de imagem e processamento de dados. Estes equipamentos de diagnóstico serão usados nas consultas de Otorrinolaringologia (ORL) e de Urologia, podendo ser também usado em Bloco Operatório.
Estes equipamentos desempenham um importante papel na avaliação dos tumores das vias aéreas digestivas superiores (ORL), na avaliação do carcinoma do colo do útero em doentes irradiadas e patologia da bexiga e próstata (Urologia), tornando-se num meio de observação dos resultados dos tratamentos efetuados.
Em entrevista ao Green Savers, Eurico Cordeiro, director-geral da Ecopilhas, explica que a participação na iniciativa é simples: basta colocar no Pilhão as pilhas usadas de lanternas, relógios, rádios, comandos de equipamentos e brinquedos ou baterias de máquinas fotográficas, telemóveis, computadores portáteis e ferramentas eléctricas.
Nas edições anteriores do Peditório Nacional de Pilhas e Baterias, a Ecopilhas recolheu mais de 14 milhões de unidades de pilhas e baterias usadas. Leia a entrevista de Eurico Cordeiro.
O 5º Peditório Nacional de Pilhas e Baterias decorre até 31 de Dezembro. Qual a expectativa para este ano?
A expectativa para o 5º Peditório Nacional de Pilhas e Baterias é voltar a atingir os 4 milhões de unidades recolhidas na edição do ano passado e, naturalmente, ajudar na luta contra o cancro, ao mesmo tempo que contribuímos para um melhor ambiente. Para podermos atingir estes dois objetivos, basta que todos cumpram com o simples gesto de colocar as pilhas e baterias usadas no Pilhão.
O Peditório reverterá, novamente, a favor do IPO. Esta vertente de responsabilidade social está a ajudar os portugueses a reciclarem mais pilhas e baterias?
Acreditamos que sim. Todos os anos recebemos inúmeros contactos de particulares e de empresas para saberem como podem participar no Peditório Nacional de Pilhas e Baterias a favor do IPO. Esta campanha é um meio de sensibilizar os cidadãos para a necessidade de colocar pilhas e baterias no Pilhão, permitindo assim o encaminhamento destes resíduos para reciclagem.
Quais os grandes desafios da Ecopilhas para o ano de 2014?
Em 2014, a Ecopilhas tem como principal desafio continuar o seu trabalho especializado na recolha selectiva de pilhas e baterias usadas, cumprindo com as metas definidas a nível Europeu. A aposta no contínuo desenvolvimento da rede de recolha, cada vez mais próxima do cidadão, a par de um plano de iniciativas de sensibilização para a recolha selectiva de pilhas e baterias, são os principais eixos estratégicos a desenvolver no próximo ano.
Para além do Peditório, que outros projectos têm desenvolvido para mudar a mentalidade dos portugueses no que toca à reciclagem de pilhas?
Ao longo da nossa atividade temos vindo a desenvolver e a participar em várias iniciativas de sensibilização, das quais o Peditório Nacional de Pilhas e Baterias faz parte. Destacamos ainda o projeto “Pilhão vai à Escola”, que decorre pelo terceiro ano lectivo consecutivo, e que se tem revelado um importante contributo na sensibilização dos alunos, das suas famílias e de toda a comunidade escolar, para a necessidade da recolha seletiva de pilhas e baterias usadas. A adesão das escolas tem sido muito positiva, com mais de mil e seiscentas escolas inscritas no projecto.
Para quem ainda não saiba o que fazer com as pilhas e baterias em fim de vida, que conselhos recomendam e quais os passos devem seguir para as reciclar?
A recomendação é que coloquem sempre as suas pilhas e baterias usadas no Pilhão. Esta é a única forma de assegurar que as pilhas e baterias são devidamente recicladas, evitando assim a deposição de metais pesados, como podem ser o mercúrio, o cádmio ou o chumbo, no ambiente.