Comércio de espécies está a levar ao declínio das populações, alerta estudo



O comércio de espécies está entre as causas que leva ao declínio das populações e que contribui para a sua extinção. Parte deste comércio é o sustento tanto a nível alimentar como económico de muitas famílias, e embora seja por vezes legal, muitas das vezes não o é. Tanto a nível nacional, como internacional, os números indicados por um novo estudo são altos.

A equipa analisou 31 estudos que avaliavam 452 mamíferos, 36 aves e 18 répteis de várias espécies. Os fatores indicados que influenciam o impacto que o comércio tem nestes animais são a distância do seu habitat com a vida humana e os locais deste comércio, a área ser ou não protegida e a finalidade para que os caçam (alimentar, medicina tradicional ou para domesticação).

No total, as espécies diminuíram em 62% em locais onde existia comércio local, em 76% quando envolvem o comércio nacional e em 66% comércio internacional. “Quanto mais próximos os locais de estudo estavam do povoamento humano, maior o declínio na abundância”, explica David P. Edwards, um dos autores do estudo. Dos 506 animais, 83 já não existem nos habitats que foram investigados.

Mesmo em áreas protegidas, as espécies continuam a estar em risco de sobrevivência – observou-se uma redução das espécies em 39%. Contudo, sem quaisquer guardas florestais, a percentagem a redução foi de cerca de 65%.

“As medidas de proteção atuais falham as espécies, com quedas significativas mesmo quando a caça para comercialização ocorre em áreas protegidas.(…) Para uma ameaça global tão grave à vida selvagem, a nossa análise revelou um número limitado de estudos(…) e nenhum estudo de anfíbios, invertebrados, cactos ou orquídeas” explicam no artigo, espécies estas que são também fortemente ameaçadas pelo comércio.

Além da fraca quantidade de estudos, e da necessidade de investigar um maior número e diversidade de espécies, os investigadores apontam também que existiam apenas quatro estudos na região da Ásia (onde existe muito este comércio).





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