Como se plantam mil milhões de árvores num ano? Com drones, é claro.



Uma startup britânica quer utilizar drones para plantar mil milhões de árvores por ano e, assim, ajudar a reflorestar o planeta gradualmente. Este é o objectivo da BioCarbon Engineering, com sede em Oxford, Inglaterra, que quer combater a desflorestação à escala industrial com uma reflorestação nas mesmas proporções.

Estima-se que, actualmente, cerca de 26 mil milhões de árvores sejam queimadas ou cortadas todos os anos. Destas, apenas 15 mil milhões voltam a ser plantadas. O primeiro passo para reduzir esta diferença passa, de acordo com a BioCarbon Engineering, por um mapeamento, feito com os drones, dos territórios florestais espalhados pelo mundo, para que se possa perceber onde a reflorestação é mais necessária. Posteriormente, proceder-se-á para a plantação.

Assim que a área a reflorestar seja identificada, é enviado um drone para o local, que emite um sinal para a estação de controlo a indicar que chegou. Então, a cerca de dois ou três metros de distância do solo, o aparelho “dispara” uma semente germinada biodegradável, que é posteriormente coberta com uma camada de hidrogel.

O disparo é feito com velocidade suficiente para que a semente penetre o solo. A cobertura de hidrogel assegura que a mesma resiste ao impacto. De acordo com os cálculos feitos pela empresa, um único drone poderá ser capaz de plantar mais de 10 sementes por minuto. Isto significa que, utilizando vários drones, dois operadores poderiam plantar perto de 36.000 árvores por dia.

A nível monetário este método de plantação é também muito mais competitivo que os convencionais. Para alcançar as 36.000 árvores plantadas diariamente seria necessário apenas 15% do valor para plantar 3.000 árvores com métodos convencionais.

Depois de as árvores terem sido plantadas, os drones podem ser utilizados para monitorizar o seu processo de crescimento e, se necessário, proceder a replantações”, explica Lauren Fletcher, fundador da empresa. Antes de criar a BioCarbon Engineering, Lauren Fletcher, que é engenheiro, trabalhou 20 anos para a NASA.

Foto: BioCarbon Engineering





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