Como seria Londres hoje se os mamarrachos de betão fossem aprovados? (com FOTOS)
Nos últimos 50 anos, a cidade de Londres já aprovou e rejeitou dezenas de planos para alterar as suas ruas e zona central. Muitas deles, que datam desde 1954, propunham a substituição de edifícios históricos por grandes construções de betão, para fins residenciais e comerciais.
Muitos desses planos nunca viram a luz do dia, mas vários artistas britânicos pegaram nesses planos esquecidos e usaram tecnologia digital para criar vistas alternativas da cidade. Esta outra realidade, que poderia ser hoje um pesadelo urbanos, pode ser visitada na exibição da English Heritage.
Muitas destas propostas foram elaboradas entre os anos 50 e 70, quando os edifícios de betão estavam na moda. Felizmente, a maioria dos projectos foram rejeitados – segundo a exposição, porém, há projectos fantásticos que também ficaram para trás.
Segundo os artistas, a zona do Soho poderia ser hoje um conservatório gigante, um edifício com 24 andares e rodeado de canais. Covent Garden, em 1968, esteve perto de se tornar na meca do betão, e a famosa Carnaby Street seria hoje um complexo de campos de ténis.
Outras das ideias levou Sir Leslie Martin, que desenhou o Royal Festival Hall, a propor demolir todos os edifícios victorianos e eduardianos de Parliament Square, incluindo os ministérios do Tesouro, Negócios Estrangeiros e da Guerra.
Os artistas argumentam que Londres foi salva, durante estas décadas, por uma legislação de planeamento urbano muito restrita e activistas empenhados em manter o centro de cidade com a sua arquitectura original.
Na verdade, muitos dos designers e arquitectos londrinos do pós-Segunda Guerra Mundial tentaram mudar o aspecto da cidade nas décadas seguintes, aproveitando a destruição e degradação dos anos 40. Felizmente, e ao contrário do que se passou noutras cidades europeias, o bom senso imperou.
[nggallery id=82 template=greensavers]