Conferência BCSD: o que separou Sérgio Figueiredo e Pires de Lima?



Sérgio Figueiredo, administrador-delegado da Fundação EDP, e António Pires de Lima, presidente da Unicer, proporcionaram o momento alto desta tarde no Green Festival, durante a conferência do BSCD.

Tudo começou quando António Pires de Lima elencou os accionistas e colaboradores mais chegados como os seus stakeholders, afirmando também que “o desenvolvimento sustentável numa empresa é o seu crescimento”.

“Quando se fala de sustentabilidade na Unicer, temos que ter o foco no essencial. No crescimento, na rentabilidade e no fazer bem à comunidade”, revelou Pires de Lima.

Minutos depois, concluiu o raciocínio. “O principal objectivo da Unicer é assegurar a rentabilidade. Não há sustentabilidade sem rentabilidade”.

Este discurso de Pires de Lima foi comentado por Sérgio Figueiredo, que disse que esta era uma “visão de passado”. “Onde está o papel da empresa perante a sociedade? O accionista e o colaborador é o principal stakeholder da empresa? E o cliente?”, perguntou.

Depois, o administrador-delegado da Fundação EDP concluiu o raciocínio, dando como exemplo o próprio trabalho da EDP junto das comunidades locais. “Os clientes são as pessoas… e é aí que entra a inovação social. Porque é que a Unicer patrocina a selecção de râguebi? E as indústrias crativas? A EDP investiu 13 milhões de euros na eficiência energética… a sustentabilidade só será importante quando deixarmos de falar dela”, explicou.

Recorde aqui as mais recentes notícas sobre a sustentabilidade na EDP.

Antes deste debate dentro do debate, Pires de Lima já tinha posto em cima da mesa dados significativos do investimento da Unicer em sustentabilidade. Nos últimos anos, a cervejeira reduziu o hectolitro de água por cada cerveja em 15%, reduziu a energia por hectolitro em 20% e reduziu a emissão de gases com efeito de estufa em 21%.

E um último dado – que pareceu surpreender António Costa, o director do Diário Económico que era simultaneamente moderador do debate. 90% dos recursos utilizados para fabricar uma cerveja são produzidos em Portugal. Isto não é ser sustentável?





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