Consumidores portugueses ainda sem acesso à etiqueta energética online



A taxa de presença das etiquetas energéticas nos produtos à venda nas lojas portuguesa físicas foi significativamente superior à das online – 63% contra 10%, segundo o projecto MarketWatch, desenvolvido pela Quercus.

Segundo a ONG, o maior problema registado nas lojas físicas foi a grande percentagem de produtos sem etiqueta (29%), superior ao das lojas online (16%). Por outro lado, nas lojas online, a principal questão prende-se com a etiquetagem parcial ou incorrecta dos produtos (74%) – ou seja, nem toda a informação exigida nos regulamentos é incluída, valor que se reduz nas lojas físicas (8%).

Nas lojas físicas, os grandes equipamentos, televisores e aparelhos de ar condicionado obtiveram níveis de conformidade elevados (superiores a 68%) e, nas lojas online, os televisores alcançaram a maior taxa de conformidade (apenas 29%), enquanto as outras categorias estiveram bem abaixo (menos de 14%).

Este ano, as regras para os retalhistas online mudaram e, para todos os novos modelos colocados no mercado desde Janeiro, têm de ser disponibilizadas a etiqueta energética e a ficha de produto, em formato electrónico. As fichas de produto contêm informação adicional sobre o desempenho dos aparelhos e, de uma forma geral, foram encontradas nas lojas físicas (no catálogo dos produtos ou num documento à parte), mas raramente se encontraram nas lojas online, quer sob a forma de texto, como exigia o antigo regulamento, quer em formato electrónico. Quanto à etiqueta energética em formato digital, a sua taxa de presença nas lojas online é ainda reduzida (8%).

“Os regulamentos impõem que nos anúncios aos produtos, em que seja indicado o preço, seja mencionada a respectiva classe energética. Porém, foram encontrados em vários folhetos promocionais, modelos de lâmpadas, televisores, secadores de roupa e aparelhos de ar condicionado sem a classe energética. Outro tipo de irregularidades detectadas estão relacionadas com a venda de luminárias com etiquetas cujo texto não estava em português”, explica a Quercus em comunicado.

Os retalhistas avaliados nesta campanha receberam uma carta com o respectivo relatório, avança ainda a ONG. Esta segunda campanha de visitas decorreu entre no período entre Novembro último e Abril de 2015, durante o qual foram visitadas 10 lojas físicas nos distritos de Beja, Faro, Leiria, Santarém e uma em Lisboa e 10 lojas online. Entre Agosto e Setembro de 2015 será realizada a terceira e última campanha de visitas às lojas.





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