COP27: Von der Leyen diz que as renováveis são a resposta para se evitar “a autoestrada para o inferno”
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na cimeira mundial de clima que decorre no Egipto, a COP27, afirmou que a reposta da Europa para evitar a “autoestrada para o inferno” e “conquistar o ‘bilhete limpo’ para o paraíso” é a estratégia energética REPowerEU.
“Não estamos apenas a cortar a nossa dependência dos combustíveis fósseis russos”, que, diz a responsável, “é bom, mas não suficiente”. A União Europeia está também a apostar fortemente no desenvolvimento “massivo” das energias renováveis.
“Sabemos que cada kilowatt por hora de eletricidade que geramos a partir de fontes renováveis, não é só bom para o nosso clima, mas também é bom para a nossa independência e para a segurança do nosso abastecimento”, explica Von der Leyen, apontando que o chamado ‘Sul Global’ tem “os recursos em abundância” para ajudar o mundo a concretizar essa transição.
A esse respeito, a líder do executivo comunitário recorda que a UE assinou acordos de parceria com o Egipto, com a Namíbia e com o Cazaquistão para o desenvolvimento de projetos de hidrogénio verde, e que o bloco está também a apoiar iniciativas de produção de energia renovável no Vietname e na África do Sul “para descarbonizar as suas economias”.
“Precisamos de alcançar as metas de Paris e a Europa está no caminho certo”, assegura Von der Leyen, indicando que a UE reduzirá as suas emissões de gases com efeitos de estufa em, pelo menos, 55% até 2030, e apela aos maiores poluidores para que tornem mais ambiciosas as suas metas para a neutralidade carbónica.
Tal como muitos outros líderes mundiais, diz que são precisos mais esforços no que toca à adaptação face às alterações climáticas, um dos itens da agenda da COP27 que mais atenção tem captado.
“Os que, no mundo em desenvolvimento, mais precisam de ajuda, devem ser apoiados para se adaptarem a um clima mais severo”, declara Von der Leyen, destacando que, por isso, da COP27 deverão emanar compromissos da comunidade internacional para evitar, minimizar e responder a perdas e prejuízos sofridos pelas comunidades mais vulneráveis, causados pelas alterações climáticas.
“Está mais do que na altura de colocar isto na agenda”, frisa, e insta os parceiros do ‘Norte Global’, onde se localizam as economias mais desenvolvidas e os países mais ricos, a aumentarem o financiamento climático às nações mais pobres.
E deixou uma mensagem clara: “a Europa está a caminhar no sentido certo, por isso, façamos este caminho juntos”.