Correr em excesso é tão prejudicial para a saúde como ser sedentário



Correr faz bem à saúde em diversos aspectos. A modalidade aumenta o condicionamento físico, fortalece os músculos, ajuda a emagrecer, combate a insónia, auxilia no controlo do colesterol e previne a osteoporose.

Além disso, correr ajuda na libertação da endorfina – hormona que causa a sensação de bem-estar.

Cientistas dinamarqueses desenvolveram um estudo para avaliar os efeitos da corrida na saúde de cinco mil voluntários – todos saudáveis –, ao longo de 12 anos. Dos participantes, avança o agregador O Meu Bem Estar, cerca de mil eram praticantes regulares de corrida, enquanto os restantes tinham hábitos de vida sedentários.

Os investigadores concluíram que os indivíduos que corriam de forma moderada e em ritmo constante apresentaram menores riscos de morte quando comparados com aqueles que não praticavam qualquer tipo de exercício.

O mesmo estudo revela também que os participantes que treinavam e corriam intensamente, com velocidades que atingiam os 11 km/h, apresentavam o mesmo risco de morte súbita quando comparados com o grupo sedentário.

Entre as causas para estes resultados está o esgotamento físico, propício ao aparecimento de ataques cardíacos e outros problemas mais graves. Na verdade, as mudanças resultantes da actividade física em excesso levam a alterações no tecido do coração e das artérias, prejudicando o funcionamento do sistema cardíaco como um todo, escreve o Público.

Os pesquisadores do Hospital Frederiksberg sugerem a prática de corrida moderada também para maratonistas ou atletas de provas mais longas (até 80km/m), no máximo três vezes por semana para garantir uma vida saudável.

“Não é preciso fazer tanto exercício para sentir um bom impacto na sua saúde. Não há no mundo recomendações de um limite máximo para o exercício seguro, mas deveria haver”, disse o cientista Jacob Louis Marott.

Outra pesquisa, publicada no Journal of Sport and Exercice Psychology, questiona os benefícios e os danos na saúde da técnica de corrida. Os investigadores analisaram 32 corredores experientes que correm pelo menos 32 quilómetros por semana.

Enquanto os elementos de estudo corriam, foi verificado o consumo de oxigénio de cada um deles, segundo quatro tipos de pensamentos distintos: em primeiro lugar, os atletas tiveram que pensar na respiração; sem seguida, em sua técnica de corrida; depois, concentrarem nas suas emoções; e, por fim, pensar no que geralmente acontece durante os passos dados.

Os resultados indicam que, ao tentar fazer com que algumas funções do corpo ocorram de forma consciente, em vez de aperfeiçoadas elas tornam-se menos eficazes (consomem mais oxigénio). Em contrapartida, “deixar-se levar”, inconscientemente, parece ser a melhor opção, pois entre outras vantagens, os elementos do estudo também melhoraram a performance.

Os riscos de excesso na prática da corrida também se aplicam na alimentação, devendo também esta ser realizada com moderação, sem dietas drásticas nem jejum.

Foto: Dave Haygarth / Creative Commons





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