Costa defende transição energética como motor da política industrial da UE
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que a transição energética tem de ser “o motor” da “nova política industrial” da União Europeia (UE) e insistiu na necessidade de “responder rapidamente no apoio à competitividade” das empresas europeias.
“Responder rapidamente no apoio à competitividade das empresas europeias, garantindo a igualdade de oportunidades que reforça a coesão interna e acelera a convergência. A transição energética deve ser o motor desta nova política industrial”, escreveu o chefe do executivo socialista na rede social Twitter, depois de duas reuniões, uma com a comissária europeia da Competitividade, Margrethe Vestager, e outra com o comissário para o Mercado Interno, Thierry Breton, em Bruxelas.
Também no Twitter, Vestager agradeceu a António Costa “pelas ideias atenciosas sobre como aumentar a competitividade para a transição ‘verde’”, através de “ajudas estatais temporárias e precisas com nivelamento, coesão e mercado único funcionais e com cadeias de valor pan-europeias como princípios importantes”.
Foi a segunda reunião de Vestager com um governante português esta semana, depois de uma reunião com o ministro do Ambiente e da Transição Climática, Duarte Cordeiro, na quarta-feira, para pedir a prorrogação deste mecanismo, juntamente com a ministra espanhola da Transição Ecológica, Teresa Ribera, que tem a pasta da Energia.
Não há informações de que este tópico tenha sido abordado na reunião entre Costa e Margrethe Vestager.
Na noite de quinta-feira, o primeiro-ministro reuniu-se com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e os dois discutiram o apoio da União Europeia (UE) à Ucrânia e as oportunidades de comércio com o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).
“Foi um prazer estar com António Costa. Em antecipação do próximo Conselho Europeu discutimos a competitividade, as oportunidades de comércio entre a UE e o MERCOSUL, assim como o apoio à Ucrânia”, escreveu Ursula von der Leyen na rede social Twitter pouco tempo depois do fim do encontro.
A presidente da Comissão Europeia acrescentou que durante o a reunião com o primeiro-ministro também abordaram a aplicação do plano de recuperação da União Europeia pós-pandemia (a apelidada ‘bazuca’ para o financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência de cada Estado-membro): “Crucial para Portugal, crucial também para a Europa como um todo.”
Este foi o primeiro encontro entre António Costa e von der Leyen este ano. O último foi durante a reunião do Conselho Europeu, em dezembro e, na altura, António Costa defendeu a extensão do mecanismo ibérico para controlar o preço do gás adquirido para a produção de eletricidade.