Deputado ex-Microsoft quer “banalizar” uso de videoconferência no Estado



O deputado português Jorge Seguro Sanches, que trabalhou na multinacional Microsoft antes de chegar a São Bento, quer pôr a máquina administrativa a “utilizar preferencialmente serviços de telecomunicações mais económicos”.

Segundo explica o Público, Seguro Sanches ficou “surpreendido” pelo facto da máquina administrativa não estar a usar mais as potencialidades das novas tecnologias, como o correio electrónico, a videoconferência ou a videochamada.

Conta o Público que o deputado “não percebe a morosidade do Estado português em adoptar um sistema tecnológico que implica poupança de recursos e tempo”.

Aliás, numa pergunta enviada ao próprio Governo em Maio, Jorge Seguro Sanches e outros oito deputados consideram mesmo “evidente que os serviços públicos ainda não introduziram práticas comuns no mundo empresarial, como a utilização de centrais telefónicas que usem o VOIP”.

“Somos o país europeu líder em serviços públicos online, já fizemos esse percurso, falta-nos agora dar este passo. Já só nos falta ganhar dinheiro com isto. E poupar dinheiro também”, explicou Seguro Sanches ao Público.

E agora os números. O total de despesas correntes previstas pelo Governo para transportes e comunicações – e que estão na proposta de Orçamento de Estado para 2011 – ultrapassa os 320 milhões de euros.

Estamos a falar de voos, carros, condutores, telefonemas ou cartas. Não chegam aos mediáticos 500 milhões de euros para compor o orçamento… mas não falta muito para o conseguirem.

Este valor inclui os mapas de despesa corrente dos serviços integrados (ministérios) e dos serviços e fundos autónomos (institutos públicos). Nos transportes, o Estado português vai gastar 93 milhões de euros. E os institutos públicos não lhes ficam muito atrás: 85 milhões de euros. E, já agora, qual será a implicação destas deslocações no ambiente?

Consulte o blog de Jorge Seguro Sanches.





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