Desflorestação da Amazónia aumentou mais de 5 vezes em Março e Abril



É um dos temas do momento no Brasil e, depois desta noticia, continuará certamente a ser. A desflorestação (desmatamento) na Amazónia mais que quintuplicou no bimestre Março-Abril, em relação ao mesmo período de 2010.

De acordo com especialista ouvidos pela Veja, esta uma interrupção na tendência de queda no abate de árvores poderá ter como pano de fundo o impasse na votação do Código Florestal.

Os satélites de detecção em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) registaram o corte de 593 quilómetros quadrados de florestas, uma extensão que, para termos uma ideia, equivale a mais de um terço de São Paulo.

Assim, e quando falta três meses para o fim da recolha de dados da taxa anual de desflorestação, os números sugerem agora uma quebra na tendência de queda do abate de árvores. Uma queda que tinha sido registada nos últimos dois anos.

“A ordem é de reduzir até Julho, não queremos o aumento da taxa anual de desflorestação”, reagiu esta semana a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira.

Será ela quem irá coordenar o gabinete de crise para conter a desflorestação, nem que para isso tenha de “sufocar” – foi esta mesma a palavra – a acção de quem participa neste abate de árvores.

Embora o Governo não relacione o aumento do abate de árvores com a votação do Código Florestal, o coordenador da campanha Amazónia, da Greenpeace, insiste neste facto. “O único facto novo é a promessa de amnistia aos [prevaricadores] no texto do Código Florestal, que está prestes a ir a votação”, explicou Márcio Astrini, que foi mais longe. “O aumento da desflorestação ameaça as metas internacionais firmadas pelo Brasil”.






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