Desflorestação da Amazónia brasileira cai 66% em agosto



A ministra do Ambiente do Brasil, Marina Silva, anunciou ontem que a desflorestação na Amazónia caiu 66,3% em comparação com o período homólogo do ano passado.

Numa cerimónia do Palácio do Planalto, em Brasília, para assinalar o Dia da Amazónia a carismática ambientalista brasileira disse ainda que queimadas na região diminuíram em 42%.

“A real independência do Brasil depende do destino que dermos à Amazónia”, frisou a ministra brasileira, criticando ainda o facto de grande parte da classe política olhar para a Amazónia como “recursos a serem explorados” de forma “infinita”.

De janeiro a julho, a Amazónia brasileira perdeu 3.149 quilómetros quadrados de vegetação, uma redução de 42,5% em relação ao período homólogo de 2022.

Este valor inverteu a tendência de aumento da devastação registada nos últimos meses do Governo de Bolsonaro, que cresceu 54,1% em termos anuais entre agosto e dezembro de 2022.

Nesta ocasião, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, assinou um decreto que oficializa a demarcação de duas terras indígenas e uma série de medidas de proteção das florestas.

As terras indígenas Rio Gregório, no município de Tarauacá, estado do Acre, área de ocupação tradicional e permanente dos povos Katukina e Yawanawá, e Acapuri de Cima, na cidade de Fonte Boa, estado do Amazonas foram as terras hoje demarcadas.

Foram criadas ainda seis unidades de conservação em Roraima, que faz fronteira com a Venezuela e  decretos de preservação, monitorização e contra desmatamento no bioma amazónia, em áreas degradadas de preservação.

Lula da Silva anunciou ainda um programa que prevê passagem de até 600 milhões de reais (112 milhões de euros) do Fundo Amazónia para os municípios, de forma a que estes reforcem ações de combate ao desmatamento e aos incêndios florestais.





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