Desperdício de água agrava-se em metade dos concelhos do país



Em tempos de seca, as perdas de água agravaram-se substancialmente, apesar das medidas de poupança que os autarcas e as entidades gestoras dos sistemas de abastecimento anunciaram por todo o pais. Segundo a edição do ”Jornal de Notícias” desta terça feira, o volume de água não faturada em Portugal seria suficiente para encher 281 piscinas olímpicas por dia. A água faturada é aquela que se perde nas condutas envelhecidas no percurso até às torneiras e é o volume de água usado para fins públicos não pagos, como regar jardins ou encher piscinas.

Este mau desempenho refelete-se no índice nacional que cresceu de 29,8% para 30,2%. O relatório anual da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ESAR), publicado no final de dezembro, contabiliza 256,6 milhões de metros cúbicos (m3) de água não faturada, ou seja, mais 15,7 milhões de m3 do que em 2016.

As perdas de água agravaram-se em 134 concelhos, mas 121 melhoraram o registo. Dos 278 municípios do continente, 23 não forneceram dados para avaliar a evolução. É importante sublinhar o facto de 64% dos concelhos, finalizarem o ano de seca com um índice de água não faturada superior à média nacional de 30,2%. Em 79 municípios, mais de metade da água comprada pelas autarquias é perdida. Isso sucededo sobretudo no interior, onde existem menos equipamentos públicos, o que significa que a maioria dos 2456 milhões de m3 não faturados foi efetivamente desperdiçada.





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